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Exportações do Estado somam US$ 3 bi no primeiro bimestre

Valor representa queda de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023, mas é o terceiro maior da série histórica

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card2023 planejamento, governança, gestão
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As exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 3 bilhões no primeiro bimestre de 2024. O valor representa uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, o equivalente a US$ 266,1 milhões. Apesar da queda, o número é o terceiro maior da série histórica iniciada em 1997, atrás apenas do registrado em 2023 e 2022, e deixou o RS na sétima colocação no ranking brasileiro dos principais estados exportadores, responsável por 6,2% do total embarcado no país no período. 

Os números das exportações gerais do Estado foram divulgados nesta quarta-feira (27/3) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).  

Fumo não manufaturado (total de US$ 429,94 milhões; +5,8%), cereais (total de US$ 288,52 milhões; -28,6%), farelo de soja (total de US$ 213,1 milhões; -21,1%) e carne de frango (total de US$ 199,01 milhões; -16,3%) foram os principais produtos exportados pelo RS no primeiro bimestre. Os dados do material, elaborado pelo pesquisador Ricardo Leães, usam como fonte o Sistema ComexStat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.  

Principais destaques 

Entre os destaques positivos da pauta de exportações no período, além do fumo não manufaturado, as vendas de máquinas de energia elétrica e suas partes (total de US$ 131,06 milhões; +57.228,6%), polímeros de etileno, em formas primárias (total de US$ 113,62 milhões; +60,3%) e madeiras em bruto e manufaturas de madeira (total de US$ 80,8 milhões; +24,7%) obtiveram as principais altas em vendas.

O resultado da venda de máquinas, explica Leães, está atrelado às compras realizadas pelos Estados Unidos para contemplar o seu plano de modernização da rede elétrica. "A iniciativa do governo estadunidense é vista como imprescindível para que o país atinja suas metas de 100% de energia limpa até 2035 e zero emissões de carbono em 2050", explica. 

Os produtos que tiveram as maiores reduções, além dos cereais e do farelo de soja, foram óleo de soja (total de US$ 1,99 milhão; - 98,5%) e celulose (total de US$ 140 milhões; -29,9%). A baixa na venda do óleo é explicada pela redução nas vendas no bimestre para Índia (-96%) e Bangladesh (-100%). 

Destinos 

Nos dois primeiros meses de 2024, o Rio Grande do Sul exportou para 171 países, e a China seguiu como o principal comprador dos produtos gaúchos, responsável por 20,5% do total. O ranking dos países é seguido por Estados Unidos (13,4% do total), União Europeia (12,8%), Vietnã (4,8%) e Argentina (4,1%).

China e EUA registraram alta nas compras do Rio Grande do Sul, sendo o país asiático com um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior e o norte-americano com um comércio 41,6% maior na comparação com o primeiro bimestre de 2023. União Europeia (-14,2%), Indonésia (-90,9%) e Índia (-79,9%) tiveram redução nas compras do Estado. 

Para 2024, o boletim do DEE destaca ainda questões conjunturais que devem afetar os movimentos do comércio no ano – como a colheita de safra de soja sem efeitos da estiagem (ao contrário do que foi registrado nos dois últimos anos), a redução nos preços das commodities agrícolas (em especial da soja), a continuidade das compras dos Estados Unidos para a modernização de sua rede elétrica e a crise econômica da Argentina (principal parceiro comercial do RS na América do Sul).

Texto: Vagner Benites/Ascom SPGG
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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