Governador Eduardo Leite participa de inauguração da primeira planta de produção de biometano do Estado
Usina da CRVR em Minas do Leão transforma resíduos em combustível renovável
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O governador Eduardo Leite participou, na tarde desta segunda-feira (15/9), em Minas do Leão, da inauguração da primeira planta de produção de biometano do Rio Grande do Sul. Controlada pela Arpoador Energia e pelo Grupo Solví, a Biometano Sul foi instalada na Unidade de Valorização Sustentável (UVS) da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR). Com capacidade para produzir 66 mil metros cúbicos de combustível renovável por dia, a planta representa um marco na transição energética do Estado.
O empreendimento recebeu R$ 150 milhões em investimentos, com financiamento do Fundo Clima do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apoia ações voltadas à mitigação das mudanças climáticas. O biometano produzido poderá ser utilizado em aplicações comerciais, industriais e residenciais, ampliando o uso de soluções energéticas limpas no território gaúcho.
Além do apoio do BNDES, o projeto contou com incentivos estaduais, como o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem-RS) e o Integrar RS. Os programas oferecem vantagens fiscais, incluindo abatimento de encargos financeiros, isenção de ICMS na importação de equipamentos e isenção do diferencial de alíquota do ICMS (Difal) para equipamentos nacionais adquiridos fora do Estado.
Segundo o governador Eduardo Leite, a inauguração representa mais que um avanço tecnológico. “Este é um investimento importante, especialmente pelo seu significado dentro de uma política de biogás, desenvolvida pelo Estado ao longo dos últimos anos. Essa política está associada aos conceitos de sustentabilidade que movem o nosso governo e buscam consolidar o Rio Grande do Sul como destaque no tratamento de resíduos, garantindo um avanço na descarbonização e agregando valor a algo que antes era completamente perdido”, destacou.
O diretor da Biometano Sul, Rafael Salamoni, ressaltou que a unidade é apenas o início de um plano maior. “Essa é a nossa primeira unidade, mas nosso compromisso com o futuro do Rio Grande do Sul vai muito além. No próximo ano, inauguraremos uma segunda planta em São Leopoldo, reforçando nossa missão de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.”
Já o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, enfatizou o impacto econômico e social. “Transformar resíduos em energia limpa para o desenvolvimento econômico e novas oportunidades para a sociedade é um momento histórico para o Estado, que passa a contar com uma fonte renovável de energia produzida a partir do biogás gerado no aterro sanitário da CRVR, o maior do Rio Grande do Sul.”
A planta é abastecida pelo biogás proveniente do aterro sanitário da CRVR em Minas do Leão, que recebe diariamente resíduos de 85 municípios gaúchos, incluindo a Região Metropolitana. Toda a produção já foi comercializada com a Ultragaz e será destinada ao mercado industrial do Estado.
Segunda planta em São Leopoldo
A Solví já iniciou a construção de sua segunda unidade de biometano no Rio Grande do Sul, localizada na UVS da CRVR em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Com investimentos de mais de R$ 100 milhões, a nova planta terá capacidade para gerar 34 mil metros cúbicos por dia.
Transição energética
O biometano é um gás renovável obtido a partir da purificação do biogás produzido pela decomposição de matérias orgânicas, como o lixo urbano destinado aos aterros sanitários. Com características e eficiência semelhantes ao gás natural fóssil, pode ser usado em veículos, geração de energia, aquecimento e processos industriais.
Ao lado do diesel verde e do combustível sustentável para a aviação, o biometano compõe a trinca de combustíveis do novo programa federal de incentivo à transição energética.
Texto: Secom
Edição: Secom