Governo anuncia abertura de consulta pública sobre Zoneamento do Guaíba a partir de sexta-feira (11)
Minuta, que ficará disponível por 30 dias, coletará manifestações da sociedade
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A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) abre, na sexta-feira (11/7), uma consulta pública referente aos estudos sobre o zoneamento ambiental para a atividade de mineração de areia no Lago Guaíba. A Fepam é um órgão licenciador vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
A minuta ficará disponível por 30 dias, até 9 de agosto, no site da fundação. O objetivo, além de apresentar os diferentes resultados, é coletar manifestações da sociedade, que poderá contribuir com sugestões.
“O zoneamento visa estabelecer diretrizes e condicionantes para um possível licenciamento ambiental da atividade no lago. A meta é proteger os ecossistemas e o uso racional dos recursos ambientais. Há uma atenção especial ao uso da água do lago, considerando que, em seu entorno, habita a maior concentração populacional do Rio Grande do Sul”, explica o presidente da Fepam, Renato Chagas.
Os estudos técnicos e ambientais desenvolvidos visaram conhecer os ecossistemas, a geodiversidade e a biodiversidade, bem como suas variantes, e fundamentam a definição das zonas de restrição, atenção e possível exploração, sempre com foco na sustentabilidade. Os estudos abordaram, entre outros temas, os seguintes pontos:
- socioeconômico - impactos sobre pesca, lazer e áreas urbanas;
- plânctons e macroinvertebrados bentônicos - diversidade biológica aquática;
- fauna terrestre e margens - avaliação de zonas sensíveis;
- sedimentos - análise físico-química e ecotoxicidade de 115 pontos;
- ictiofauna - distribuição e hábitos alimentares dos peixes;
- áreas de preservação e usos preponderantes - proteção de zonas críticas;
- hidrossedimentológico - comportamento e reposição natural da areia no leito do lago;
- meio físico - levantamento geofísico e sondagem.
O zoneamento realizado pela Fepam atende a uma ação civil pública. O primeiro embargo judicial à extração de areia no lago ocorreu em 2006, quando o licenciamento era municipal. No ano de 2013, a justiça proibiu a extração até a conclusão de estudos.
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Texto: Cassiano Cavalheiro/Ascom Sema
Edição: Secom