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Governo do Estado inicia trabalho de campo da batimetria no Guaíba

Ação faz parte do Eixo 2 do programa Desassorear RS, do Plano Rio Grande, e inclui rios da Região Metropolitana

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Uma vista aérea mostra um barco pequeno de pesquisa, cinza e azul, navegando em um rio de águas turvas sob um céu nublado. Duas pessoas, vestindo coletes salva-vidas amarelos, estão a bordo do barco, que se move da direita para o centro da imagem, deixando um pequeno rastro na água. No horizonte, a cidade de Porto Alegre se estende com uma silhueta de edifícios variados. Um dos pontos mais proeminentes é uma alta chaminé industrial escura no centro-esquerda da paisagem urbana. Prédios altos e a orla da cidade são visíveis sob o céu cinzento.
Batimetria vai ajudar a medir a profundidade do Guaíba - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

O Governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), iniciou o trabalho de campo da batimetria no Guaíba. O barco equipado com ecobatímetro e GPS, iniciou a navegação às 9h desta quarta-feira (9/7). Milton Dupont, engenheiro civil e um dos sócios do consórcio responsável, explicou que os equipamentos integrados fornecem a posição e a cota do fundo do lago a cada dois metros. “Isso permite fazer o desenho da calha em toda a sua extensão”, afirmou Dupont.

Uma embarcação metálica, azul na parte superior e prateada na inferior, flutua em águas turvas próximas à margem. Dois homens estão a bordo: um, sentado mais à frente, veste um colete salva-vidas laranja sobre uma jaqueta verde-oliva, enquanto o outro, mais ao fundo, usa um colete salva-vidas escuro e está próximo a um motor de popa azul e preto. No meio do barco, um mastro fino com equipamentos de medição aponta para cima. Ao fundo, um grande corpo d'água se estende sob um céu nublado, com um cone de sinalização vermelho e branco flutuando à direita. Na distância, uma orla com estruturas e vegetação, da cidade de Porto Alegre, é visível sob a névoa. Algumas rochas emergem da água em primeiro plano, na parte inferior da imagem.
Técnicos acoplam o ecobatímetro em pequenos barcos para medir toda extensão do leito - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

O trabalho foi acompanhado pelas equipes técnicas da Sema que atuam no âmbito do projeto Desassorear RS (Eixo 2), que integra as estratégias do Plano Rio Grande, o programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. Além de parte do Guaíba, o consórcio irá mapear o leito do Delta do Jacuí e dos rios Caí, Sinos e Gravataí.

“Dentro do Plano Rio Grande, o Estado já está fazendo o desassoreamento nos pequenos recursos, o que vem ajudando nas inundações principalmente com efeito local. Para os recursos de grande porte, precisamos da batimetria, que é a medição do leito dos rios, para identificar se existem acúmulos de sedimento que estejam prejudicando o escoamento das águas. Esse estudo é fundamental pra que possamos ter efetividade na ação e avaliar se a dragagem terá efeito em um possível represamento”, garantiu Marjorie Kauffmann, secretária da pasta.

Monitorando a profundidade do Guaíba

A batimetria é essencial para subsidiar os estudos que irão identificar possíveis pontos críticos de acúmulo de sedimentos e outras alterações no leito do lago, além de ser fundamental para melhorar o sistema de alerta de inundação por meio de modelagem hidrodinâmica, que simula com maior precisão o comportamento do fluxo de água durante eventos extremos. O levantamento total será feito em 2.589 quilômetros de extensão.

Uma vista aérea mostra um pequeno barco de pesquisa, de cor cinza e azul, navegando em águas turvas e marrons de um rio. Duas pessoas, vestindo coletes salva-vidas escuros, estão a bordo, enquanto o barco se move da direita para o centro da imagem, deixando um rastro suave na água. Um equipamento de medição vertical está instalado no meio do barco. Ao fundo, uma densa linha de vegetação verde e exuberante, com algumas árvores de folhagem amarelada, forma a margem do rio sob um céu nublado e cinzento. Não há estruturas urbanas visíveis nesta cena.
Batimetria é essencial para subsidiar os estudos que irão identificar possíveis pontos críticos de acúmulo de sedimentos - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

Investimento nos grandes rios

A ação ocorre após ordem de início assinada em 30 de maio e conclusão do plano de trabalho. O investimento será de R$ 45,9 milhões, voltados aos rios de grande porte. O Estado poderá iniciar as análises da batimetria assim que os levantamentos parciais das empresas forem sendo recebidos.

“A batimetria e a dragagem são importantes, mas não são a solução definitiva. As ações integram um conjunto de projetos previstos no Plano Rio Grande, sob o comando do governador Eduardo Leite, para tornar o Estado mais resiliente e adaptado. Nós temos que pensar em soluções diferentes pra territórios diferentes, porque estamos falando de um momento climático que é a nível mundial. O que devemos fazer como sociedade e como espécie humana é nos adaptarmos a esta realidade”, finalizou a secretária.

A fotografia, tirada da proa de um pequeno barco de metal cinza, mostra equipamentos de medição estendendo-se sobre a água turva do rio. Uma corda enrolada e um par de botas de borracha amarelas estão visíveis no interior do barco, em primeiro plano. O equipamento de medição, parcialmente coberto por um plástico transparente, está posicionado no lado direito da imagem. Ao fundo, a silhueta da cidade de Porto Alegre se eleva sob um céu nublado. Destacam-se edifícios variados, incluindo uma estrutura proeminente com telhado de terracota, e uma alta chaminé industrial escura dominando o horizonte. A água do rio é cinzenta e calma, refletindo a atmosfera do dia nublado.
O investimento em batimetria será de R$ 45,9 milhões, voltados aos rios de grande porte do Estado - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

Planejamento iniciou no ano passado

Desde o ano passado, muito antes da etapa do trabalho em campo que iniciou nesta semana, a realização da batimetria no Guaíba e nos grandes rios vem vencendo várias etapas necessárias. A abertura do chamado PROA (processo administrativo que oferece uma gestão mais ágil, transparente e eficiente dos processos do Estado) ocorreu já em 15 de julho, logo após o governo do Estado ter garantido a prioridade à vida das vítimas da histórica enchente de 2024.

A seguir, o passo a passo para a batimetria, cujos dados vão subsidiar decisões técnicas sobre futuras intervenções de desassoreamento e a modelagem hidrodinâmica.

Passo a passo da batimetria

Ano 2024

  • 15 de julho - Abertura do Proa (processo administrativo) e início das atividades.
  • 17 de setembro - Aprovação do Comitê Científico.
  • 17 de outubro - Aprovação dentro do Funrigs.
  • 18 de novembro - Aprovação Celic (Central de Licitações do Rio Grande do Sul).
  • 20 de dezembro - Aprovação parcial pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado).

Ano 2025

  • 13 de janeiro - Aprovação integral pela PGE.
  • 21 de janeiro - Aprovação parcial no Cage (Contadoria e Auditoria-Geral do Estado).
  • 23 de janeiro - Aprovação da PGE para rios internacionais.
  • 28 de janeiro - Abertura do Edital de licitação para contratação de empresas.
  • 10 de fevereiro - Suspensão do Edital para ajustes.
  • 27 de fevereiro - Reabertura da sessão de credenciamento de empresas interessadas.
  • 10 de abril - Reunião com as empresas credenciadas para apresentação do Projeto.
  • 11 de abril - Oficio de manifestação de interesse das empresas.
  • 16 de abril - Consolidação das manifestações de interesse e distribuição dos blocos.
  • Dia 30 de maio - Publicação DOE (Diário Oficial do Estado) do Bloco 2 (Taquari-Antas), Bloco 6 (Baixo Jacuí) e Bloco 7 (Guaíba).
  • Dia 4 de junho - Publicação DOE do Bloco 1 (Eixo Metropolitano - parte do Guaíba e rios Caí, Sinos e Gravataí).
  • Dia 7 de julho - Após entrega dos planos de trabalho pelas empresas e análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, começam trabalhos de campo.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Anderson Machado/Secom

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