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Inaugurado o Hospital Restinga e Extremo Sul em Porto Alegre

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PORTO ALEGRE, RS, BRASIL,04.07.14: O Governador Tarso Genro e a Presidente Dilma na cerimônia de Inauguração do Hospital da Restinga. Foto: Claudio Fachel/ Palácio Piratini
Hospital atenderá uma população de 110 mil moradores da zona sul de Porto Alegre - Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

O Hospital Restinga e Extremo-Sul, em Porto Alegre, foi inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (4). O hospital atenderá a uma população de 110 mil moradores dos bairros Restinga, Lageado, Lami, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol. A instituição hospitalar era uma demanda de 40 anos da população local.

Homenageada no evento com o título de Cidadã de Porto Alegre, conferido pela Câmara Municipal, a presidente Dilma Roussef falou do seu sentimento de “dever cumprido” com a população da Restinga. “Esse bairro é um lugar de pessoas combativas, aguerridas e organizadas que exigiram e tornaram realidade este hospital. É uma relação de vários parceiros e o principal deles é a comunidade e suas lideranças”.

A cerimônia contou com a presença do governador Tarso Genro, do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e do ministro da Saúde, Arthur Chioro, que também destacou a parceria: “A concretização desse projeto, com padrão de excelência, nos moldes dos melhores hospitais do país, só foi possível pela parceria construída entre os poderes e pela organização participativa do povo gaúcho”. Ele relacionou a conclusão do projeto ao novo patamar de relações com o Governo do Estado, fato que permitiu “avançar e consolidar um projeto desta magnitude”.

Na ocasião, o ministro assinou portaria que responsabiliza o Governo Federal pela instituição. O documento libera recursos da ordem de R$ 29 milhões, via Fundo Nacional de Saúde, para a Prefeitura de Porto Alegre, de forma que o hospital garanta a sua sustentabilidade.

“A comunidade da Restinga é responsável pela composição de esforços que viabilizou esse hospital tão necessário e esperado. É a concretização de um compromisso republicano”, destacou o governador, ao falar da participação popular que elegeu como prioridade a instalação de um hospital atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região. O Governo do Estado irá contribuir com 24% do custeio do novo hospital, o que significa R$ 1,1 milhão por mês. O Executivo gaúcho também contribuiu com R$ 10 milhões para a construção do prédio e projeta aproveitar o espaço para pesquisa e formação de profissionais.

“Foi um hospital construído por muitas mãos”, disse o diretor executivo do Grupo Moinhos de Vento, entidade administradora da instituição, Fernando Torelly. “Investimos os recursos da nossa isenção fiscal na saúde do povo gaúcho”, completou.

Hospital
As atividades do hospital começaram na segunda-feira (30) com a transferência dos pacientes do antigo Pronto Atendimento para a nova emergência. Equipada com 25 leitos, aparelhos de última geração e capacidade para atender 13 mil pacientes adultos e pediátricos por mês, a unidade funciona 24 horas. O local atenderá exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na primeira fase de implantação, serão disponibilizados 65 leitos para internação. Quando estiver com todas as fases concluídas, a instituição contará com centro cirúrgico, centro obstétrico e Unidade de Terapia Intensiva, além de 121 leitos de internação e 49 de passagem. 

A líder comunitária Dejanira Correia da Conceição considerou a data histórica. “Por tanto tempo esperamos por esse hospital, lutamos por ele. É como uma rede, quando todos estão conectados, as coisas acontecem, o sistema funciona”, comemorou.  

Projeto 
A construção do hospital é resultado de uma parceria público-privada em que o Hospital Moinhos de Vento investiu recursos de renúncia fiscal na obra, ficando com a gestão do complexo. O projeto do Hospital Restinga Extremo Sul foi apresentado e incluído no Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em 2009. O programa é uma iniciativa do Ministério da Saúde cujo objetivo é qualificar o SUS.

“Este hospital comprova que as parcerias público-privadas são possíveis, que o serviço público pode ter qualidade, que a saúde gera renda e que os projetos podem ser sustentáveis e trabalhar em rede, além de gerar conhecimento para a gestão de todo o sistema”, resumiu a secretária da Saúde do Estado, Sandra Fagundes.

Inicialmente, o novo hospital terá 87 leitos, com o projeto de chegar a 170 leitos quando estiver funcionando plenamente. Com 100% de seus atendimentos destinados ao Sistema Único de Saúde, a unidade beneficiará diretamente cerca de 110 mil habitantes da Zona Sul da Capital.

Parte do projeto envolve uma escola de gestão em saúde, responsável por formar e qualificar recursos humanos, desenvolver pesquisas e monitorar indicadores de desempenho. Desde 2009 utilizando temporariamente as instalações do Hospital Moinhos de Vento, a escola oferece cursos profissionalizantes, cursos técnicos em enfermagem e odontologia, realiza pesquisas de interesse público e coordena a elaboração de protocolos e indicadores.

Nos últimos cinco anos foram capacitados 619 moradores da região da Restinga e Extremo-Sul, formando camareiras, técnicos de enfermagem, auxiliares e técnicos em saúde bucal e auxiliares de alimentação. Dos técnicos em enfermagem já formados, 79 egressos estão trabalhando no próprio Hospital Moinhos de Vento. Quando estiver em pleno funcionamento, o complexo hospitalar terá 810 colaboradores.

Características do hospital:

• Atendimento 100% pelo SUS.

• População diretamente beneficiada será de aproximadamente 110 mil habitantes da Restinga e do Extremo-Sul de Porto Alegre, nos bairros Restinga, Lami, Lageado, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol, mas constituindo-se com a Secretaria Estadual da Saúde como referência para gestão regionalizada das redes de atenção à saúde, beneficiará toda a população gaúcha.

• Emergência adulto e pediátrica 24 horas: capacidade de 13 mil atendimentos/mês.

• Leitos disponíveis: inicialmente serão abertos 25 leitos na emergência e 62 na internação, entre adultos, pediátricos e de isolamento.

• Quando estiver funcionando plenamente, o hospital terá 121 leitos de internação, assim distribuídos: 62 leitos para pacientes adultos clínicos ou cirúrgicos, 26 leitos para pacientes clínicos pediátricos, seis leitos para gestantes, 12 leitos para pós-parto, cinco leitos para cuidados intermediários de recém-nascidos, 10 leitos de UTI e 49 leitos de passagem, totalizando 170 leitos à disposição da comunidade.

• A Unidade de Diagnóstico realizará exames laboratoriais, ecografia, eletrocardiograma, ecocardiografia, MAPA, holter, endoscopia digestiva alta e baixa, além de raio-x e tomografia digitais.

• Área construída: 19.148 metros quadrados.

Texto: Anamaria Bessil
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305 

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