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Índice Municipal da Educação do Rio Grande do Sul mantém média estável na última avaliação

Indicador usado para cálculo para distribuição do ICMS aos municípios mostra avanço na taxa de aprovação dos estudantes

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card2023 planejamento, governança, gestão
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O Índice Municipal da Educação do Rio Grande do Sul (IMERS) registrou média de 63,55 em 2024, resultado próximo ao de 2023 (63,44). O cálculo é feito pelo governo do Estado, por meio do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc). O indicador considera o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do RS (SAERS) e a taxa de aprovação do ensino fundamental.  

O que é o IMERS 

Produzido anualmente para os 497 municípios gaúchos, o IMERS é medido de 0 a 100 e integra a cota-parte da educação no ICMS. A avaliação é feita a partir de provas aplicadas no 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, além do acompanhamento da taxa de aprovação em todas as etapas dessa fase. 

O índice também influencia a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE), que define o percentual do ICMS repassado aos municípios com base na educação. Quanto maior o resultado do IMERS, maior a parcela recebida dentro desse critério. A legislação prevê que o peso da educação na distribuição do ICMS, que representou 10% em 2024, aumente gradualmente até 17% em 2029. Além do IMERS, a PRE considera ainda a população local, o número de matrículas no ensino fundamental e o total de estudantes em situação de vulnerabilidade.

A secretária de Planejamento, Danielle Calazans, destacou o papel do índice na gestão pública: “O IMERS contribui para orientar a formulação de políticas públicas ao reunir informações sobre desempenho escolar e aprovação, assegurando que os recursos do ICMS sejam distribuídos aos municípios de forma vinculada à qualidade da educação”, afirmou. 

Regra excepcional devido às enchentes 

As enchentes de 2024 afetaram escolas e a aplicação da avaliação. Para evitar prejuízos aos 95 municípios em calamidade devido às chuvas de 2024, foi definida a Resolução 1/2025, estipulada pela Comissão Técnica do SAERS: em cada subíndice, municípios em calamidade que apresentaram piora tiveram considerados, para efeito do resultado, o maior valor entre a nota de 2024, a média de 2022 e 2023, ou a nota de 2023.  

O coordenador do IMERS e diretor-adjunto do DEE/SPGG, Pedro Zuanazzi, ressaltou o critério técnico adotado: “Na ausência da aplicação da Resolução nº 1/2025, que visou a contornar os prejuízos dos municípios em situação de calamidade, a média do IMERS teria registrado pequena redução, passando de 63,55 para 62,29. De fato, poucos municípios tiveram benefícios elevados em seus subíndices. Pode-se dizer que os efeitos da resolução não possuem magnitude suficiente para modificar a interpretação do quadro analisado”, avaliou.

Resultados por etapa 

Os subíndices do IMERS tiveram variações em 2024. A média do Índice de Qualidade da Alfabetização (IQA, 2º ano) foi de 59,5, uma queda de 6,96 pontos em relação a 2023. A média do Índice dos Anos Iniciais (IQI, 5º ano) alcançou 67,29, com alta de 6,34 pontos. Já a média do Índice dos Anos Finais (IQF, 9º ano) ficou em 44,33, avanço de 4,24 pontos. 

Na taxa de aprovação, 444 municípios apresentaram índices iguais ou superiores a 90% em 2024, contra 437 no ano anterior. Esse dado integra o cálculo do IMERS e indica o fluxo escolar. 

Municípios com maiores resultados 

Entre os municípios gaúchos, Vespasiano Corrêa obteve o melhor resultado do estado, com IMERS de 84,06, alavancado pelo IQA de 94,0 e taxa de aprovação de 98,8. Entre os 28 mais populosos (acima de 75 mil habitantes), apenas sete superaram a média estadual: Ijuí (73,84), Santa Rosa (71,09), Sapucaia do Sul (67,61), Bento Gonçalves (66,41), Lajeado (66,10) e Erechim (65,07).

Porto Alegre registrou índice de 42,80. Na capital, foi aplicado o mecanismo excepcional de 2024; sem o ajuste, o resultado seria 37,79, influenciado pelo elevado percentual de não comparecimento. 

De forma geral, municípios da metade norte concentram níveis maiores nos subíndices, porém, após o efeito da evolução, verifica-se uma distribuição mais uniforme no território. 

A Secretária da Educação, Raquel Teixeira, destacou a importância do indicador: “O índice permite acompanhar a evolução do aprendizado em diferentes etapas do ensino fundamental da Rede Municipal, e reforça a importância da cooperação entre Estado e municípios”, afirmou.


Texto: Marcelo Bergter, Ascom/SPGG
Edição: Secom

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