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Karabtchevsky rege dois concertos de Mozart abertos ao público

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A programação cultural de Porto Alegre estará recheada de Mozart na próxima semana, com entrada franca. Isaac Karabtchevsky estará à frente da OSPA em dois grandes concertos abertos ao público, dedicados aos 250 anos do compositor austríaco. Os dois concertos da temporada oficial da OSPA serão realizados fora de seu teatro, visando uma maior aproximação com os diferentes públicos gaúchos. Na terça, dia 09, às 20:30, o concerto com obras sacras de Mozart acontece na Catedral Metropolitana; no domingo, dia 14, às 11 horas, o concerto em homenagem ao Dia das Mães, será realizado no Salão de Atos da UFRGS, com solo da pianista Cristina Capparelli. Comenda de Ponche Verde Antes do concerto na Catedral, o Maestro Isaac Kababtchevsky receberá do Governador do Estado, Germano Rigotto, a Comenda de Ponche Verde, no Grau de Grande Oficial. O ato que acontece no Gabinete do Governador no Palácio Piratini no dia 09, às 18:30, é aberto ao público. A Ordem de Ponche Verde foi criada para reconhecer e enaltecer publicamente personalidades devotadas à causa do bem comum, da paz, do desenvolvimento e da fraternidade, e que assim tornam-se dignas de gratidão e do reconhecimento do Estado do Rio Grande do Sul e de todos os gaúchos. OBRAS SACRAS DE MOZART NA CATEDRAL 09 de maio – 20:30 Entrada Franca Isaac Karabtchevsky estará à frente da OSPA na próxima terça, dia 09, em um concerto especial aberto ao público na Catedral Metropolitana. Na ocasião, o maestro Karabtchevsky dará início à Série Mozart, Eterno Mozart, executando as principais obras sacras do compositor austríaco, dentro das comemorações de seus 250 anos. A orquestra, juntamente com seu Coro Sinfônico e os solistas Elisa Machado - Soprano, Angela Diel – Contralto, Pedro Szobot – Tenor e Daniel Germano – Barítono - interpretará a Missa da Coroação em Dó Maior, o Moteto Exsultate, jubilate, K. 165, p/ soprano e orquestra, o Requiem, Ave Verum Corpus, K. 618 e Alleluia do Messiah de Haendel, com arranjo de Mozart. O programa Dentre as composições sacras de Mozart, a Missa da Coroação - tornou-se, juntamente com a Missa em dó menor (K. 427) e o Réquiem (K. 626), uma das mais respeitadas composições sacras, que remonta ao tempo em que Mozart ainda morava em Salzburg. Mozart compôs a Missa para um quarteto solista, coro e orquestra. Da mesma forma que Haydn e Beethoven, o compositor tratou o quarteto solista como uma unidade, o coro, de forma predominantemente homofônica e não fez uso da escrita imitativa característica que finaliza outros movimentos de Gloria e do Credo. O Moteto Exsultate, Jubilate (1773) foi especialmente composto para o então famoso castrato Venanzio Rauzzini de Munique - após seu sucesso na ópera Lucia Silla (1772). A obra escrita em três semanas e estreada em 17 de Janeiro de 1773, é uma das poucas obras vocais deste período que permanece no repertório. Mozart utiliza o estilo vocal italiano, tão em voga na época, para dar forma ao moteto, que após iniciar com um Allegro vibrante, passa por um breve “recitativo”, um gracioso Andante e encerra com o famoso e jovial Alleluia. A música revela as notas agudas, trinados, rápidas escalas e arpejos que destacavam o aparato vocal invejável de Rauzzini. Wolfgang Amadeus Mozart morreu 55 minutos depois da meia-noite de 5 de Dezembro de 1791 deixando seu último e magistral trabalho, o Réquiem (K. 626), inacabado. A obra está imersa na lenda e no mistério devido às circunstâncias de sua encomenda e o fascínio do público com a morte do compositor durante sua composição. No âmago da controvérsia encontra-se a origem do Réquiem com sua mensagem do julgamento divino e da misericórdia - inconfundivelmente representados nas poderosas elaborações instrumentais sublinhadas pelo texto. Poucas obras com este título e função podem aspirar ao poder e à beleza, ao equilíbrio musical e aos níveis de contraste. Uma das marcas do trabalho de Mozart é a simplicidade. Em nenhum outro lugar esta simplicidade está melhor colocada do que na obra litúrgica Ave verum corpus, finalizada em junho de 1791. A orquestra funciona como apoio ao coro, que apresenta o texto de maneira a sublinhar certas palavras através do colorido harmônico. O texto original do Ave verum corpus origina-se do canto homônimo do século XIV na paróquia de Reichenau, Suíça. Fundamentado na crença cristã na qual o corpo e o sangue de Cristo são transformados em pão e vinho na Eucaristia, reafirma o conceito religioso do poder da redenção através do sofrimento. Os solistas Bacharel em Música pela UFRGS (habilitação em canto), a soprano Elisa Machado participou, em 2001, da montagem da Ópera “Boiúna”, de Walter S. Porto Alegre, realizada pela OSPA, sob regência do Maestro Ion Bressan. No ano de 2003, foi solista do concerto dedicado a Giuseppe Verdi (“Quatro Peças Sacras”), com a OSPA, regida pelo Maestro Isaac Karabtchevsky. No mesmo ano, foi a primeira colocada no Concurso de Canto Decápolis de Andrade, promovido pela OSUCS. Em 2005, participou ativamente do Festival de Canto em Bebedouro/SP, onde ministravam oficinas de canto os professores Rio Novello e Neyde Tomas. Participou, também, do Ópera Studio, em Petrópolis/ RJ, onde interpretou a Segunda Dama, em A Flauta Mágica, de Wolfgang A. Mozart. Atualmente, é orientadora vocal do Coro do SESC e Professora Substituta de Canto na UFRGS. A mezzo-soprano gaúcha Angela Diel destacou-se nacionalmente quando obteve o 1º lugar no Concurso Jovens Solistas de Curitiba, em 1992, e o prêmio de melhor voz feminina no prestigioso Concurso Nacional Carlos Gomes, em 1993. Realizou vários cursos em Viena e, a partir de 2000, iniciou aperfeiçoamento vocal com a mezzo-soprano austríaca Dina Grossberguer, mestra no Conservatório de Bruxelas. No campo operístico, Angela Diel participou de importantes obras, entre elas: Carmen de Bizet, Il Trovatore, La Traviata e Rigoletto, de Verdi. Em 2001/2002, junto com a pianista belga Marie Boulenger, apresentou-se em Bruxelas, e interior da Bélgica, dentro do projeto Le Brésil - Rites, Mythes e Croyances. Em janeiro de 2004 retornou àquele país para a realização de concertos e aprimoramento vocal. O tenor lírico Pedro Szobot passou a integrar o Coro Sinfônico da OSPA em 2004, onde teve a oportunidade de realizar as obras Missa da Coroação de Mozart, a Fantasia para Piano, Coro e Orquestra e Nona Sinfonia, ambas de Beethoven. Como solista, participou da Missa Solene de Santa Cecília de Gounod com a OSPA, em agosto de 2005, sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt e da “Missa de Requiem” de Mozart com a Orquestra de Câmara da ULBRA, em novembro de 2005, sob a regência do maestro Tiago Flores. Participou, também, das festividades do Natal Luz, em Gramado, no show “Nativitatem”, de novembro de 2005 a janeiro de 2006. Em sua curta carreira como solista, o baixo-barítono Daniel Germano, natural do Rio de Janeiro (RJ), tem se apresentado sob a regência de renomados maestros do Brasil e exterior, como Manfredo Schmiedt, Vilson Oliveira, Antônio Carlos Borges Cunha, Tiago Flores, Roberto Duarte, Lutero Rodrigues, Giuseppe Marotta e Ernani Aguiar, entre outros. Dentre as principais peças já interpretadas por Germano, destacam-se o Requiem e a Missa da Coroação, de Mozart, a Paixão Segundo São João e o Magnificat, de Bach, o Messias, de Handel, e o Oratório de Natal, de Saint Saëns. Em 2004, Daniel registrou em CD composições do padre José Maurício Nunes Garcia. Em 2005, foi semifinalista do V Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, em Belém do Pará. SERVIÇOS: Quando: 09 de maio, às 20h30min Onde: Catedral Metropolitana (Praça da Matriz, sem número) ENTRADA FRANCA! HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES NO SALÃO DE ATOS DA UFRGS 2º Concerto Série Mozart, Eterno Mozart Domingo, 14 de maio, 11h Na manhã de domingo, dia 14, a OSPA homenageia as mães, com um concerto aberto ao público no Salão de Atos da UFRGS. Sob a batuta do maestro Isaac Karabtchevsky, a orquestra apresenta algumas das obras mais conhecidas de Mozart – a Abertura Bodas de Fígaro, o Concerto nº 21 em Dó Maior, para piano e orquestra, com solo de Cristina Capparelli e a Sinfonia nº 40, em sol menor, a mais apreciada do compositor. A solista Comemorando em 2006, 30 anos de residência em Porto Alegre, a pianista Cristina Capparelli vem atuando ativamente na vida acadêmica e artística da cidade. Convidada pelas principais escolas de música do país, Cristina apresenta-se também como recitalista e como pesquisadora em renomadas escolas de música norte-americanas, destacando-se entre estas sua participação recente em festivais no Novo Mexico e Wisconsin, bem como recital no Kasser Theater em New Jersey. No final de 2005 apresentou um trabalho sobre os compositores brasileiros e a Sonatina de Ravel na Université de Paris, Sorbonne e acaba de retornar de um recital de dois pianos no prestigioso Jordan Hall em Boston. Na sua formação, obteve o título de Mestre em Música, com Honra, no New England Conservatory e de Doutor em Música pela Boston University. Obteve primeiros prêmios no Brasil e nos Estados Unidos. Integrou o Trio Panamericano e com este conjunto de câmara realizou turnês por todo Brasil, sob os auspícios da Comissão Fulbright, Funarte e SEC–RS. Sua dedicação ao repertório latino-americano pode ser constatada no disco “Recital de Música Latino-americana”, sua gravação da Sonata (1972) de Camargo Guarnieri integra o CD lançado pela Indiana University sobre este compositor. Completou o ciclo de gravações da música de piano de Bruno Kiefer ao integrar o recente CD “Colóquio” (Funproarte). Apresenta-se regularmente como solista com as orquestras de Porto Alegre. O regente Isaac Karabtchevsky, que recebeu o título de cidadão porto alegrense, em dezembro de 2005, é Diretor Artístico e Regente Titular da OSPA desde janeiro de 2003, cargo que está exercendo paralelamente ao de Diretor Musical da Orchestre Nationale dês Pays de la Loire e Diretor Musical das Óperas de Nantes e Angers, na França. No Brasil, é ainda Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica Petrobrás Pró Música. Karabtchevsky é o maestro mais conhecido no país por seu tr54trabalho como Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira, cargo que exerceu por duas décadas. Também dirigiu, em períodos esparsos, a Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. Durante os 16 anos em que residiu fora do Brasil, Karabtchevsky atuou como Diretor do Teatro La Fenice de Veneza, Itália, de 1995 a 2001, e Diretor Artístico da Tonkunstler Orchester, de Viena, entre 1988 e 1994, com a qual fez várias turnês internacionais.
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