Ação conjunta entre governo do Estado, pela Secretaria de Infra-Estrutura e Logística, e governo federal, por meio da Secretaria de Portos, garantiu na terça-feira (10) obra de dragagem para aprofundamento do canal de acesso ao Porto do Rio Grande, que aumentará de 40 para 50 pés. O trabalho tem previsão de começo em 60 dias. O investimento chega a R$ 200 milhões, dos quais 25% oriundos do Tesouro do Estado. Consórcio formado pelas empresas brasileira Odebrecht e holandesa Jan de Nul desenvolve o empreendimento.

O aprofundamento do calado proporcionará crescimento em 25% no volume de carga por navio, o que resultará na redução de custo de frete e possibilidade de embarcações de grande porte acessar ao Superporto carregadas com capacidade máxima. Será o primeiro porto do Mercosul com essa profundidade e, em consequência, o único concentrador de cargas do bloco econômico. Grandes navios chegarão ao porto para, dali, distribuir mercadorias para o Brasil e países da Bacia do Prata, através de barcos menores. A nova condição também possibilitará ao porto se habilitar a captar novas cargas - como grãos da Argentina, Paraguai e Bolívia, minério de Mato Grosso do Sul e Bolívia, madeira do Uruguai e contêineres da Argentina, Uruguai e Paraguai.

Após a conclusão do serviço de aprofundamento, caberá ao governo do Estado manter o novo do calado por cinco anos, mas incluirá também os 22 quilômetros de acessos aquaviários, não contemplados na licitação federal, investimento total de R$ 33 milhões por ano. A abertura das propostas da licitação para a dragagem continuada, de âmbito internacional, ocorrerá pela Central de Licitações (Celic) na próxima segunda-feira (16), às 11h.