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Margs sedia exposição itinerante de Auguste Rodin

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Seis esculturas em bronze do artista francês Auguste Rodin (1840-1917) e um conjunto de 25 fotografias do escultor em seu atelier parisiense, pertencentes ao Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, estarão no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli. A exposição Auguste Rodin, com a curadoria de Gilberto de Oliveira, abre dia 12 de fevereiro, às 19h, no segundo pavimento do Museu, e pode ser visitada até o dia 11 de abril, de terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada franca.

A mostra Auguste Rodin é a primeira exposição do artista no Estado e está em itinerância pelo país desde 1996, passando por Brasília, Santos, Recife, Fortaleza, Salvador e Campos do Jordão. No sul, foi vista recentemente no Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba, e no Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis. Torso da Sombra, Torso Masculino do Beijo, Bacanal, Musa Trágica, Musa de Whistler e Assemblage - toalete de Vênus e Andrômeda são esculturas de pequeno porte que ilustram diferentes etapas da produção do escultor que revolucionou a representação da figura humana na escultura moderna, imprimindo-lhe vitalidade e emoção.

O combate à sisudez acadêmica das formas, a exploração do inacabado como forma de expressão e a fidelidade à anatomia tão prezadas pelo artista são nítidos na mostra. Além disso, as obras do acervo da Pinacoteca demonstram o vigor, a força, a paixão, o erotismo e a sensualidade características da obra de Rodin.

René-François-Auguste Rodin nasceu em Paris, em 12 de novembro de 1840, em uma família de poucos meios. Estudou desenho a partir dos 13 anos, inspirado por Michelangelo e aos 18, após ser reprovado três vezes no exame de admissão da Escola de Belas-Artes, passou a trabalhar como ornamentista para empresários de decoração. Nesta época, fez ornamentos externos para edifícios de bairros elegantes, modelou bustos e pintou. Em 1875, Rodin viajou pela Itália, a pé, onde redescobriu seu gênio inspirador, Michelangelo, e começou a criar sem parar.

Quando retornou para a França, escandalizou os meios artísticos parisienses com a obra A Idade do Bronze. A perfeição da figura levou a academia a acusar o artista de ter usado como molde um modelo vivo. Mesmo assim, Rodin passou a ser recomendado por uma série de personalidades. Foi então que recebeu uma das mais importantes encomendas de sua carreira, a Porta do Inferno - obra inacabada que lhe angustiou até o fim da vida. Rodin realizava suas obras buscando a perfeição das formas, o que o levou, por volta de 1900, a ser conhecido como o maior escultor vivo do mundo.

O artista é sempre lembrado por grandes obras como O Pensador, O Beijo, La Danaide, Os Burgueses de Calais e A Grande Sombra. Considerado escandaloso Rodin foi responsável por acaloradas polêmicas nos meios artísticos da época. O artista teve uma visão muito particular da escultura, ligando-a aos misteriosos anseios do ser humano ao transpor para o bronze ou para o mármore, as tensões e as paixões secretas da realidade interior, atribuindo um caráter pessoal às figuras esculpidas. O artista foi polêmico também ao tratar de temas proibidos, como a homossexualidade, a exposição do corpo erotizado e o prazer feminino. Entusiasta da beleza feminina - o  que lhe rendeu a fama de sedutor - Rodin rompeu com regras de equilíbrio e fechou elos com a corrente escultórica que remete à Renascença italiana e à tradição da grande escultura grega. Trabalhou em seu atelier com grandes escultores, entre os quais podem ser lembrados Camille Claudel (sua mais famosa amante), Bourdelle, Pompon e Maillol. Rodin morreu em 1917. Devido a sua intensa criatividade, seu nome permanece como um ponto de referência da arte contemporânea. 

O download das imagens em alta resolução das obras de Rodin pode ser feito no site do Margs Ado Malagoli pelo endereço www.margs.org.br na seção imprensa.

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