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Música no Centenário de Erico Verissimo

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Esta semana, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, localizado na rua dos Andradas, 1223, em Porto Alegre, realiza mais uma etapa do projeto Centenário Erico Verissimo ? Algumas Luzes Nunca se Apagam, formado por uma série de atividades em homenagem aos 100 anos de nascimento do escritor gaúcho. Desta vez, a programação é musical, com dois concertos comentados. O primeiro, Concerto Fantoches: Modinha Contrastante, com Felipe Azevedo, é nesta quinta-feira(29), no Auditório Barbosa Lessa (4º andar do Centro Cultural), às 19 horas, com entrada franca. Na última quinta-feira de outubro (27), o segundo espetáculo é com o grupo vocal D?Quina Pra Lua. A inclusão de concertos no projeto geral foi concebida pelo professor Fernando Mattos, do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que buscou unir a música e a literatura, apresentando algo do imaginário do escritor gaúcho, demonstrando, ao mesmo tempo, como sua produção literária pode influenciar o mundo simbólico dos músicos. Fernando Mattos diz que a relação de Erico Verissimo com a música perpassa sua obra em diversas camadas, desde um conto como Sonata, em que o eixo central da narrativa se desdobra a partir das experiências fantásticas de um pianista que se transporta para o passado, até a vinculação de sons do ambiente a estado de alma e situações vividas, como na última frase de Ana Terra: noite de vento, noite de mortos, em que o vento aparece como o som característico da região dos pampas. No espetáculo Concerto Fantoches: Modinha Contrastante, com recital de voz e violão de Felipe Azevedo, será apresentada uma das primeiras composições do artista, que foi exatamente uma canção intitulada Fantoches, escrita sob o fascínio da leitura da obra homônima de Erico Verissimo. No total, o show tem quinze músicas, a maioria de autoria do próprio compositor, entre elas Moda de Viola, Tema para um Compasso de Espera, Chorandinho, Balanço Tupiniquim, Percussivé e Abraço, além de canções outros compositores, como Esses Moços de Lupicínio Rodrigues. Felipe Azevedo cursou bacharelado em música na UFRGS, tem 22 anos de carreira, dois Cds gravados e um terceiro já concluído. Em seu currículo, traz o reconhecimento de grandes nomes da música brasileira, como Guinga, Hermeto Pascoal, Ney Rosauro e internacionais, como Olivier Forel. Vencedor de três prêmios Açorianos no RS (Menção especial-Balaio de Cordas 99), melhor compositor MPB 2001 e melhor trilha composta para espetáculo de dança 2002, Felipe já foi premiado também em vários festivais do estado e país.
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