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Leite discute investimentos com aporte do Banco de Desenvolvimento da América Latina

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Comitiva do governo faz visita ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF)
Governador discutiu proposta de cooperação com o CAF para a construção do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre - Foto: Rodger Timm / Palácio Piratini

O penúltimo compromisso do governador Eduardo Leite em Montevidéu, no Uruguai, nesta quarta-feira (21/8), foi uma visita ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). 

O representante encarregado do CAF, François Borit, e o vice-presidente de Infraestrutura Antônio Silveira (via web conferência) receberam o governador.

Leite trouxe a manifestação de interesse de cooperação com a CAF para um investimento na construção de 565 quilômetros de gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre, projetado pela Transportadora Sulbrasileira de Gás (TBS), que fechará o anel de gasodutos no Cone Sul e possibilitará o abastecimento do mercado argentino com gás natural brasileiro e o brasileiro, com gás argentino. O projeto prevê um trecho de 565 quilômetros e um investimento estimado de US$ 600 milhões.

“Discutimos a possibilidade de essa agência ser um banco de financiamento de projetos importantes, especialmente ligados ao gasoduto. Como o governo federal tem uma política agressiva na redução dos custos do gás no Brasil, trazer o gás da chamada Bacía de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, pode ser algo interessante e, por isso, estamos buscando os caminhos para isso”, detalhou o governador.

Outro investimento discutido diz respeito ao restauro da primeira ponte que ligou o Brasil à América Latina, em Jaguarão. Estima-se que o gasto na revitalização seria de até R$ 25 milhões. A nova ponte de Jaguarão será viabilizada pelo governo federal, no valor de R$ 300 milhões. As discussões foram classificadas como preliminares. “Um primeiro momento para entender os interesses de cada um e quais os caminhos adequados”, ressaltou Leite.

O CAF é uma instituição financeira cuja missão é apoiar o desenvolvimento sustentável dos países acionistas e a integração da América Latina. O banco era antes chamado Cooperação Andina de Fomento. Atualmente, tem 19 países acionistas, além de instituições financeiras. O Brasil se tornou parceiro do CAF na década de 1990, tornando-se membro pleno em 2008.

Cooperação entre CAF e Brasil

Nos últimos cinco anos (2014-2018), o CAF aprovou operações para o Brasil de US$ 7,238 milhões, o que representa uma média de US$ 1,448 milhão por ano, equivalente a 11,8% do total aprovado nesse período. A carteira de crédito e investimentos do Brasil é de US$ 1,747 milhões, representando participação de 6,8% na carteira de crédito e investimentos do CAF.

No início de 2019, o CAF tinha 17 projetos em execução no Brasil e esperava aprovar mais de US$ 500 milhões em novos projetos ao longo do ano. O CAF tem participação na execução das obras de revitalização da orla do Guaíba, na requalificação da Usina do Gasômetro e na revitalização de ruas do Centro Histórico – todos em Porto Alegre. Recentemente, o banco também aportou recursos para Caxias do Sul e para Canoas.

Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

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