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Oficiais da Brigada Militar buscam aperfeiçoamento em policiamento comunitário no Japão

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Policiamento comunitário
Participantes de acordo de cooperação relataram experiência ao Comando-Geral da BM - Foto: Juarez Pereira/BM

Três oficiais da Brigada Militar (BM) que participaram da troca de experiências sobre polícia comunitária no Japão apresentaram os resultados, nesta segunda-feira (1º), ao Comando-Geral da corporação. Eles atuam na Serra e no Vale do Rio dos Sinos, e ficaram no Japão desde abril, acompanhados de representantes de outros estados brasileiros que ocupam postos de comando e desenvolvem ações de policiamento comunitário. 

A viagem fez parte de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, firmado em dezembro de 2014, para que se estabeleça um sistema contínuo e autossuficiente de multiplicação de polícia comunitária no Brasil. A parceria prevê a capacitação de profissionais brasileiros nos estados definidos como modelos - Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

No Japão, os capitães Flori Chesani Júnior, de Caxias do Sul, Luciano Veríssimo Cunha, de Campo Bom, e Reni Onírio Zdruikoski, de Bento Gonçalves, participaram de reuniões e visitaram as instalações do Koban (posto policial), onde acompanharam os agentes japoneses no trabalho junto à comunidade. No  policiamento comunitário, os policiais fazem contatos cíclicos em estreito relacionamento com os moradores.

Ao falarem sobre a experiência ao Comando-Geral da BM, os policiais brasileiros relataram, por exemplo, atividades de que participaram para prevenção da criminalidade, resolução de conflitos entre moradores e imigrantes e condução de acidentes de trânsito. Na opinião do grupo, a solidariedade existente nas comunidades contribui e potencializa a prevenção ao crime.

Segundo o major André Marcelo Ribeiro, adjunto da Polícia Comunitária da BM, as corporações brasileiras integrantes do acordo de cooperação são multiplicadoras do modelo de policiamento comunitário japonês (denominado Koban) para outros estados da Federação. De acordo com ele, o programa que vem sendo desenvolvido no Rio Grande do Sul tornou-se referência nacional e hoje conta com 134 núcleos, em mais de 20 cidades. No Estado, cerca de 500 policiais militares atuam neste sistema de policiamento.

Modelo

O Japão acumula experiência de 130 anos em policiamento comunitário. O  Koban é um modelo de posto policial que remonta ao século 19 e funciona como base física da estrutura de polícia comunitária do Japão, adotada por diversos países, entre eles Brasil, Estados Unidos, Taiwan e Coreia do Sul.

Nos pequenos postos urbanos, trabalham entre três a quatro oficiais de polícia, que agem preventivamente, aconselhando as comunidades, visitando domicílios habitados por pessoas que carecem de atenção especial e estimulando reuniões com os mais velhos e as lideranças locais.

Durante três anos, serão realizadas duas edições anuais de treinamentos no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e São Paulo. Também serão enviados profissionais de segurança pública para o Japão, em uma edição anual, de modo que 67 brasileiros das diversas unidades federativas sejam capacitados até 2017. Em contrapartida, o governo japonês mandará ao Brasil policiais que atuarão como peritos, com o objetivo de colaborar para a melhoria do policiamento comunitário no país.

Texto: Clelia Admar/Ascom-BM

Edição: Rui Felten/CCom

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