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Ospa participa de concertos históricos no Rio de Janeiro

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A Ospa foi a orquestra escolhida para participar no Rio de Janeiro de dois concertos históricos em conjunto com a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência de Isaac Karabtchevsky, que atua como diretor das duas orquestras. Juntas, interpretarão a grandiosa Sinfonia nº 8 de Mahler, conhecida como a “Sinfonia dos Mil”, que foi assim denominada devido ao número de artistas que reúne no palco. Pela sua grandiosidade, a obra raramente é executada, sendo inédita no Rio de Janeiro e sendo esta a primeira vez, desde a sua estréia, em 1910 que será apresentada ao ar livre. “Reunir minhas duas orquestras na realização de uma obra deste porte será um acontecimento marcante”, celebra Karabtchevsky. Os concertos que reunirão as duas sinfônicas - num total de 195 instrumentistas, 412 vozes corais e 8 solistas acontecem no Teatro Municipal do Rio de Janeiro no sábado, 19 de agosto, às 16h e no domingo, dia 20, às 19h, em um mega espetáculo na praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Palace. O concerto ao livre integra o projeto Aquarius, promovido em conjunto pela TV e o Jornal O Globo, com patrocínio da Petrobrás, o qual reúne milhares de pessoas, desde a década de 70, para assistir concertos de música erudita. A Ospa, que realizou seu último concerto no Rio há exatos 14 anos, durante a Eco 92, começa a sentir os resultados do investimento feito pela atual gestão na qualificação da orquestra, visando devolvê-la à posição de uma das principais sinfônicas da América Latina. “A retomada das turnês nacionais sempre esteve entre os principais objetivos da nossa gestão, agora estamos dando o primeiro passo para essa concretização”, comenta o presidente da Fospa, Ivo Nesralla. Mais de 30 horas de ensaio estão sendo dedicadas pelos músicos e pelo maestro Manfredo Schmiedt em Porto Alegre para a preparação desta grandiosa obra, que será executada pela primeira vez pela orquestra. No Rio de Janeiro será preciso realizar ainda um trabalho intensivo sob a batuta de Isaac Karabtchevsky para juntar as duas orquestras, com os coros e solistas. “É necessário um controle extremo para estar à frente de um grupo tão grande no palco”, afirma o diretor Artístico da Ospa. O ensaio geral no sábado a noite será realizado na praia de Copacabana. “Sinfonia dos Mil” A Oitava Sinfonia de Mahler é, até hoje, uma das obras mais admiradas do compositor. O título “Sinfonia dos Mil” tem origem no grande número de componentes utilizados em sua execução. Escrita em dois movimentos, a obra é vocal do princípio ao fim, sendo uma sinfonia escrita para solistas, coros e orquestras. As duas partes são baseadas, respectivamente, sobre o hino Veni Creator Spiritus, de autoria do monge beneditino Raban Maur, e sobre a cena final do Segundo Fausto de Goethe. Seus textos são escritos em línguas diferentes - latim e alemão - e possuem mil anos de intervalo. A Sinfonia nº 8 é uma obra otimista que transpira confiança em si, ela canta a alegria de criar, a potência criadora. Segundo Mahler, “Esta sinfonia é um presente à nação. Todas as que a precederam não passaram de prelúdios para esta: minhas outras obras são trágicas e subjetivas, esta é uma imensa doadora de alegria. (...) Imagine o universo inteiro soando e ressoando. Não se trata mais de vozes humanas mas de planetas e sóis em plena rotação”. Projeto Aquarius Criado em 1972, o projeto Aquarius foi idealizado por Roberto Marinho e Isaac Karabtchevsky, juntamente com o pianista Jaques Klein e com Péricles de Barros, que na época atuava como gerente de promoções do Globo. Responsável pela realização de mais de 300 apresentações ao ar livre, reunindo cerca de 8 milhões de pessoas, o projeto já proporcionou apresentações do grupo Gênesis (composta por Phil Collins), do Ballet Bolshoi, da Orquestra Sinfônica de Moscou, do grupo Olodum e de bandas como Blitz e Barão Vermelho. A escolha de cenários naturais também é característica do Aquarius que realizou espetáculos na Quinta da Boa Vista, no Aterro do Flamengo e na Enseada de Botafogo. Solistas: Cláudia Riccitelli (soprano) Elaine Cacehr (soprano), Mirna Rubim (soprano), Laura de Souza (mezzo-soprano), Adriana Clis (mezzo-soprano), Daniel Kirch (tenor), Stephen Bronk (barítono) e Sebastião Oliveira (baixo). Participação de Coros: Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, Associação de Canto Coral, Canarinhos de Petrópolis, Coro das Meninas dos Canarnhos de Petrópolis.
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