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Palestra em Lavras do Sul aborda contribuição do negro na culinária gaúcha

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Qual a influência da cultura afro na mesa do gaúcho? Essa será uma das perguntas que o diretor técnico da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), historiador Claudio Knierim, vai tratar na palestra "A invisibilidade do negro na culinária do Rio Grande do Sul", que profere nesta sexta-feira (30), às 19h, na Ovinofest, em Lavras do Sul.

A explanação é resultado de um amplo estudo voltado para a origem da gastronomia gaúcha, que, ao mesmo tempo que pretende lançar um olhar do presente sobre o passado, possibilita compreender a construção da culinária e da identidade regional.

Durante a palestra o historiador vai analisar quais foram as contribuições do negro nos principais pratos do RS. Para chegar a essa conclusão, fez uso de algumas áreas do conhecimento, como a história da alimentação e os estudos das religiões relacionados à culinária sacralizada, dedicada aos orixás e aos demais ritos e festas africanas.

Knierim destacará ainda aspectos da influência da cultura africana na composição da gastronomia gauchesca; além de seus hábitos e costumes que migraram de um território identitário para outro, fazendo com que houvesse a hibridização das duas tradições.

Na sua palestra será ressaltado que, durante o longo período histórico da construção do Estado e sua cultura, o negro ofereceu elementos que até hoje estão presentes na culinária, no linguajar e na musicalidade gauchesca, entre outros aspectos.

O historiador salientará que vários pratos consumidos no nosso dia a dia também possuem origem afro. "Como, por exemplo, angu ou pirão, feitos com farinha de milho, de trigo ou de mandioca acompanhados de carnes de segunda, canjica, sopa com grãos de milho ou milheto com carnes e legumes”, destaca.

Texto: Rita Escobar
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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