Reunião discute o uso de resíduo sólido urbano como fonte para geração de energia
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A implantação de uma rede de termoelétricas “verdes” no Rio Grande do Sul para gerar energia a partir do processamento de resíduos sólidos urbanos (RSU) foi discutida, nesta sexta-feira (23), na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). Participaram da reunião o secretário da Sdect Márcio Biolchi, o secretário adjunto de Minas e Energia, José Francisco Braga, lideranças da Região Carbonífera, diretores da Ekt - Ekological Technologies, de Novo Hamburgo, e o superintendente do Patrimônio da União no Rio Grande do Sul, Antônio Carlos Nunes Jung.
O projeto contempla a utilização de parte das instalações da usina a carvão de São Jerônimo para a produção do composto biossintético industrial (CBSI). Biolchi assinalou que a parceria proposta é importante e destacou que a Sdect fará a interface com os interessados e se constituirá em local de convergência para que o projeto se concretize. Também lembrou a legislação ambiental e a adequada destinação e processamento do volume cada vez maior de resíduos sólidos urbanos.
A solução tecnológica para o tratamento de RSU, por meio de um projeto inovador e que promova o resgate ambiental, foi destacada pelo empresário Carlos Walter Flister, da Ekt. A empresa desenvolve tecnologias ecológicas e fabrica equipamentos para a produção de compostos biossintéticos industriais no Rio Grande do Sul.
Conforme Flister, o CBSI pode ser transformado em madeira biossintética (MBS), combustível sólido, óleo diesel biossintético/querosene de aviação, combustível para geração de energia, adubo bio-orgânico e carvão biossintético. A madeira biossintética é empregada na fabricação de peletes, perfis, chapas, injetados e prensados. O processo industrial não gera resíduos, uma vez que a cinza resultante é utilizada como carga na elaboração da MBS.
Texto: Ascom Sdect
Edição: Sílvia Lago/Secom