O governador Germano Rigotto entregou, hoje (15) pela manhã, o complexo viário de acesso ao novo terminal de passageiros do Aeroporto Salgado Filho. A obra recebeu investimentos de R$ 19,4 milhões e liga o terminal à BR-116 e à BR-290, por onde trafegam diariamente mais de 50 mil veículos. Para o Rio Grande do Sul ser exemplo na logística, manter e atrair novos empreendimentos são necessários investimentos constantes em infra-estrutura. O Estado, ao fazer a sua parte, já atraiu nova fábrica da John Deere, terá a ampliação da GM, os estaleiros Aker-Promar e Rio Grande, investimentos da Votorantim Celulose Papel, da Aracruz, da Toyota, da Souza Cruz, da Schincariol e muitos outros. Agora, Porto Alegre ganha um novo cartão de visita e soluções para o trânsito e a chegada à Capital, além de oferecer facilidade ao turismo em diversos pontos, disse o governador. O complexo permite acesso aos municípios do Vale do Rio dos Sinos, à região Norte do Rio Grande do Sul, à Serra, à Região da Produção e ao Planalto Médio, além do Litoral Norte, de Santa Catarina e das fronteiras Oeste e Sul do Estado. Sustenta uma estrutura em concreto pré-moldado, de 900 metros, com dois viadutos para deslocamento ao aeroporto, a Porto Alegre e ao Interior, pela BR-116, e uma outra elevada, que dá acesso ao Interior e ao novo terminal do Salgado Filho. No total, a obra chega a três quilômetros. Também fazem parte da nova infra-estrutura viária o recapeamento da BR-116 entre o complexo e o monumento Laçador, dois retornos na Avenida dos Estados, pórticos e passarelas, sinalizações horizontal e vertical, iluminação, arborização e paisagismo. Estradas Na avaliação do governador, a entrega do complexo viário significa para a população, além da facilidade de acesso e saída do aeroporto, segurança e menos tempo gasto. Estou feliz por ter priorizado a conclusão desta obra, iniciada no governo anterior. O mérito é dos governos passado e atual, afirmou Rigotto. Segundo ele, as dificuldades financeiras do Estado não prejudicarão investimentos públicos fundamentais. No ano passado, o Estado investiu em transportes R$ 300 milhões. Com a parte das concessionárias, em 2003 foram aplicados R$ 420 milhões. Em 2004, vamos ter mais R$ 370 milhões, entre governo e concessionárias. Mais de 400 quilômetros de rodovias foram recuperadas no ano passado e, neste ano, serão mais 400 quilômetros, disse. Rigotto destacou que, em breve, serão iniciadas obras priorizadas pela Consulta Popular e outras serão retomadas nos próximos dias. Já estamos em definição junto ao Daer e a Secretaria da Fazenda, para o atendimento da Consulta Popular. O acesso ao aeroporto é uma das mais importantes obras realizadas no principal acesso a Porto Alegre. Mas o Estado continuará reforçando sua infra-estrutura, porque ela tem conexão com o desenvolvimento, a geração de empregos e de renda, salientou. Rigotto usou como exemplo o caso da John Deere, que teve a ampliação de sua presença no Estado anunciada ontem (14), no Palácio Piratini. Lembrou que as negociações foram duras, levaram cinco meses e começaram em Washington (EUA), logo após a vitória nas eleições. Três ou quatro estados disputaram os US$ 250 milhões e jogaram pesado, mas nenhuma informação vazou e, assim, a planta industrial trará 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos em Montenegro, disse. Placa Devido à manutenção das condições da infra-estrutura gaúcha, de acordo com o governador, estado nenhum da Federação atraiu, em 21 meses, os investimentos que o Rio Grande do Sul conseguiu. Os negociadores precisam de boas condições e facilidades de deslocamento já na chegada, a partir do aeroporto, observou. Em companhia do secretário dos Transportes, Alexandre Postal, do diretor-geral do Daer, Roberto Niederauer, e do diretor-superintendente da Metroplan, Nelson Lídio Nunes, o governador descerrou a placa inaugural do complexo viário. Postal lembrou que o acesso era esperado há muito tempo pela população e pelo setor turístico. O governo está cumprindo a sua parte, estamos fazendo um grande número de obras, acrescentou. Até ser concluída, a obra passou por dois processos de licitação. O primeiro contrato, com a empreiteira Ribas Construtora Ltda., teve investimento de R$ 14 milhões até ser interrompido pela necessidade de aditivo para o término dos serviços. Não estavam previstos sinalização, paisagismo e construção de passarelas e retornos. O segundo contrato, com a empreiteira C.C. Pavimentadora Ltda., contou com investimento de R$ 5,4 milhões e resultou na retomada das obras, em 30 de outubro do ano passado.