O governador Germano Rigotto apelou, hoje (18), ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), para que o projeto de aumento salarial a deputados não entre na pauta do Legislativo. Faço o apelo ao presidente Severino de que nem pense nisso neste momento. Não é hora de aumento para deputados federais que pode determinar repercussões financeiras nos estados e municípios, disse, referindo-se ao dispositivo que permite reajuste em cadeia nas assembléias legislativas e nas câmaras de vereadores. Rigotto salientou como mais relevantes para o país as reformas política e tributária e, com a experiência de três mandatos como deputado federal, destacou que o aumento pode ser protelado em acordo com líderes e componentes da Mesa Diretora. Sobre a reforma política, o governador solicitou que o novo presidente da Câmara olhe para a situação absurda de falência do sistema partidário nacional. Ressaltou que, desde janeiro, mais de 40 deputados trocaram de partido. Isso depõe contra a Câmara e contra o sistema partidário. Só com a reforma política as migrações dentro do Congresso Nacional podem ser estancadas, frisou. Com relação à reforma tributária, reafirmou que o grande avanço se dará com a unificação das 27 legislações de ICMS e com a redução das 44 alíquotas do imposto em cinco faixas. O governador gaúcho também agradeceu a disposição manifestada pelo deputado Severino Cavalcanti de ajudar nas causas federais que envolvem o Rio Grande do Sul. O presidente da Câmara pode se pronunciar a favor daquilo que o Estado tem direto e não tem recebido da União. Germano Rigotto também confirmou presença na marcha que os prefeitos farão em Brasília, de 7 a 10 de março. Este é o momento para que os governadores e prefeitos se unam e denunciem o enfraquecimento da Federação, com a concentração de recursos pela União e com o empobrecimento de estados e municípios. Vamos estar juntos para mobilizar a sociedade e tentar mudar as distorções. As declarações do governador gaúcho ocorreram durante o processo de interiorização do Governo do Estado no município de Marau, no qual a administração estadual se transfere por um dia para atender os pleitos das regiões.