A Secretaria da Saúde do Estado (SES/RS) já investiu mais de R$ 173 milhões na compra de medicamentos especiais e excepcionais, desde 1999. Este dado foi divulgado na última semana pelo Fundo Estadual da Saúde (FES/RS). Para tratamento de usuários transplantados, por exemplo, a Assistência Farmacêutica da SES/RS garante medicamentos para mais de 5 mil cadastrados que recebem itens como o Ciclosporina e o Micofenolato Mofetil. O vice-presidente da Associação de Transplantados de Fígado do Rio Grande do Sul, Jorge Luis Kramer Borges, diz que gastaria cerca de R$ 2 mil e 500 por mês se tivesse que comprar os remédios que necessita. A entidade que ele preside reúne 220 associados, mas dá assessoria a transplantados de rim, pulmão e coração. Já o coordenador da Política de Assistência Farmacêutica da SES/RS, Jarbas Osório, ressalta que o Rio Grande do Sul é o Estado que fornece o maior número de itens de medicamentos de alto custo e destinados para tratamentos de doenças congênitas e de alta complexidade. Enquanto os outros Estados se limitam a fornecer 50 itens de medicamentos, o RS fornece mais de 500 itens de médio e alto custo pagos com recursos do Estado. Até 1999, as ações nesta área eram irregulares, desorganizadas e sem critérios técnicos. Os dados registrados pelo governo anterior dão conta de um investimento de cerca de 63 milhões e 473 reais. Em 1998, os relatórios apontam somente 8.571 solicitações de medicamentos especiais e excepcionais. Em 2002 já estão cadastradas e deferidas 36.759 solicitações e existem aproximadamente mais 4 mil processos em avaliação. A distribuição desses medicamentos é feita de forma descentralizada nas 19 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) e na Farmácia do Estado em Porto Alegre. O acesso da população aos medicamentos especiais e excepcionais é universal e garantido a todos que têm cadastro deferido por meio de encaminhamento do Sistema Único de Saúde (SUS).