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Saúde recomenda cuidados com a água

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A água que bebemos não deve ter cheiro, cor ou sabor. O produto deve possuir sais minerais e uma certa quantidade de oxigênio. Não pode conter substâncias tóxicas ou germes causadores de doenças, como cólera, hepatite e diarréias. Julce Clara da Silva, engenheira sanitarista do setor de Vigilância da Qualidade da Água, da Secretaria Estadual da Saúde (SES), explica que para conhecer estas características são necessárias análises laboratoriais. Para ela, nesta época do ano, é preciso estar alerta para as condições da água, especialmente no Litoral gaúcho, região que apresenta aspectos geológicos que refletem diretamente na qualidade do produto. O solo da orla, entre Torres e a Barra do Chuí, é muito poroso, sendo seu lençol freático bastante superficial. O mesmo acontece no litoral uruguaio. A técnica da SES informa que é freqüente no Litoral Norte a utilização de água de poços, chamados freáticos, com ponteiras que chegam a uma profundidade máxima entre 20 e 30 metros. Isto ocorre mesmo em locais abastecidos pela rede pública da Corsan. Conforme dados da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), existem na região cerca 25 mil fontes alternativas. Segundo o inspetor sanitário Paulo Mansan, da Regional, estas fontes não possuem nenhuma garantia de tratamento, principalmente em razão dos altos índices de coliformes fecais encontrados no lençol freático. O problema ocorre devido a proximidade com fossas, sumidouros, e outras fontes de contaminação, como lixões. Julce destaca a ocorrência de três tipos distintos de abastecimento no Litoral. Em locais que apesar de serem servidos pela rede pública, hotéis e restaurantes usam água de poço. Neste caso, só é permitida pelo código sanitário estadual a utilização do produto para atividades como molhar as plantas ou lavar automóveis, por exemplo. Também se encontram redes privadas que abastecem hotéis ou residências, onde não há serviço público. O técnico da Vigilância assinala que existe ainda o consumidor individual, que utiliza o poço somente para sua família. Para estes, os conselhos são ferver a água ou tratá-la com duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro do produto. Manter a água depois de fervida em vasilhas limpas, com tampa, também é recomendável. Além disso, as caixas dágua devem ser limpas, pelo menos uma vez por ano, devendo ficar sempre bem tampadas, para evitar a contaminação. As orientações sobre o assunto podem ser obtidas nas secretarias municipais de saúde.
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