A implantação do projeto 'Indivíduos Artesãos', que visa qualificar apenados com capacitação em artesanato, foi tema da reunião, nesta sexta-feira (7), entre a superintendente da Susepe, Ane Stock, e o presidente da Fundação Gaúcha do Trabalhador (FGTAS), Gilberto Francisco Baldasso. O projeto, de iniciativa da FGTAS, pretende abranger as unidades prisionais de Torres, Guaíba, Montenegro, Charqueadas e Porto Alegre por meio de cursos de artesanatos promovidos por artesãos vinculados aos Programa Gaúcho do Artesanato (PGA) visando ao exercício profissional autônomo e cooperado com maiores e melhores oportunidades de integração à sociedade.

O projeto será direcionado para o regime fechado. As técnicas utilizadas serão tecelagem, papel trançado, cartonagem, patchwork e confecção de bonecos.  Baldasso disse que é imperativo oferecer meios produtivos para que detentos e detentas se recuperem. "É necessários que o servidor penitenciário se empenhe para a contribuir com as atividades de inclusão social. O preso, que sairá da prisão um dia, precisa sair uma pessoa melhor do que quando entrou no sistema", disse Ane Stock. Administrar uma cadeia com políticas de recuperação social em execução é mais fácil, acrescentou, referindo-se aos entraves para inclusão que causam uma cadeia superlotada.

A diretora do Departamento de Tratamento Penal Mara Minotto considerou que todas as iniciativas são necessárias e bem-vindas no enfrentamento da situação complexa do sistema carcerário. Também participaram da reunião a coordenadora do Programa Gaúcho de Artesanato Marlene Leal Garcia e o coordenador da Assessoria de Planejamento Denis Costa, além da chefe do Trabalho Prisional Morgana Teodoro.

Texto: Neiva Motta/ Imprensa Susepe
Edição: Léa Aragón/ Secom