Tempo seco dá ritmo a colheita de grãos no Estado
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O tempo seco verificado no último período foi bastante propicio para os trabalhos de colheita em todas as regiões produtoras. Conforme o levantamento semanal sobre as culturas no Estado, elaborado pela Emater/RS-Ascar, o arroz está com 86% da área cultivada nesta safra colhida, o feijão safrinha chega aos 37% da área estimada, o milho atinge o percentual de 62% e a soja está com 75% da área colhida. Após muito tempo, com cotações abaixo das médias históricas, o preço da saca de 50kg de arroz experimenta forte valorização nos últimos dias. Comparada com o ano passado, a atual cotação é 36,21% superior, sendo que destes, 33,80% foram obtidos apenas no último mês. Durante a semana o preço médio da saca de 50kg, oferecido ao produtor, ficou em R$ 30,32 contra os R$ 26,69 anteriores, marcando uma diferença de 13,60%. A safrinha do feijão está ainda com 8% dos grãos em floração, 26% em enchimento de grãos e 25% maduros e por colher. A cultura tem o seu desenvolvimento normal, com o solo apresentando boa umidade, na semana, permitindo boa evolução no crescimento das plantas. Sobre a queda de granizo no Planalto Médio, até o momento, não houve relatos de danos nessa lavoura. A semana manteve a tendência de alta dos preços do feijão no Estado, subindo 0,17% em relação à anterior, ficando o valor médio recebido pelo agricultor em R$ 102,67. Este valor, em relação à média histórica é de 42,48% superior e, em relação ao mesmo período do ano passado, é 162,99% maior. A comercialização permanece aquecida, proporcionando, depois de muitas safras, um excelente retorno ao produtor. Já o produtor de milho segue observando, em plena safra, os preços praticamente estáveis, quando não em alta, para a saca de 60kg e não encontrando dificuldades para colocar o produto na praça, uma vez que o mercado se mostra com demanda em alta. Os preços praticados durante a semana oscilaram entre R$ 22,50 e R$ 27,00 dependendo da praça regional. O preço médio praticado junto ao produtor, em âmbito estadual, ficou em R$ 24,07, marcando uma diferença de +0,80 em relação ao preço anterior de R$ 23,88. Na soja a colheita se realiza de forma intensa, com os produtores aproveitando as condições favoráveis proporcionadas pelo clima. Durante a semana as máquinas avançaram sobre mais 23% da área, alcançando, no total, 75%, com as regiões de Santa Rosa e Ijuí apresentando percentuais próximos aos 90%. As produtividades têm se mantido dentro dos patamares estimados até o momento, não havendo indícios que se modifiquem de maneira significativa até o encerramento da safra. Assim como no milho, a soja também experimenta momento de alta demanda, o que tem mantido os preços estáveis apesar da quantidade disponível. A saca de 60kg foi cotada entre R$ 42,00 e R$ 47,00, dependendo da cotação do dólar no dia da venda. O preço médio para o produtor ficou em R$ 44,42, o que representou uma variação de +0,20% em relação ao preço médio da semana passada. Iniciada na Serra Gaúcha a semeadura da nova safra da cebola, com a utilização das variedades precoces. Os produtores motivados pelo bom rendimento, qualidade e, principalmente, pelos preços do mercado atual, acrescida das dificuldades de comercialização do alho na região, deverão ampliar a área de cultivo em cerca de 25%. A comercialização dos bulbos é mantida, de forma bastante lenta, com tendência de preços ainda mais altos à frente. Os melhores lotes estão sendo cotados a R$ 1,20/kg. Do total produzido, 20% da cebola ainda se encontra armazenada nos galpões dos produtores. Com o retorno de temperaturas mais elevadas na região Serrana, os tomateiros estão se recuperando da redução de desenvolvimento vegetativo e encrespamento foliar impostos pelo frio no início da última semana. As lavouras mantêm boa sanidade e produtividade. No comércio, os preços permanecem estáveis e muitos bons. O preço médio do tomate Longa Vida está em R$ 32,00/cx, a variedade Saladete a R$ 35,00/cx e a Gaúcho a R$ 40,00/cx. Com as temperaturas mais baixas, registraram-se as primeiras geadas da estação. O retorno das chuvas está propiciando, aos agricultores, em algumas regiões, a retomada do preparo do solo e plantio das forrageiras hibernais, garantia de manutenção das pastagens de verão, que se encontram em final de ciclo e alivio ao problema de abastecimento de água das propriedades. O plantio, principalmente da aveia e do azevém, avançou, diminuindo o risco de escassez de alimento ao rebanho durante a transição das estações. O preparo de silagem de milho nas propriedades intensificou-se, e parte para finalização.