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Terra de Areia comemora safra de abacaxi com festa

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Terra de Areia é conhecido por ser o maior produtor de abacaxi do estado,com uma área que chega a 294 hectares. A importância desta cultura para o município tem motivado a realização da tradicional Festa do Abacaxi que, neste ano, chega a 6ª edição. A abertura oficial do evento acontece neste sábado (04/02), às 10h, no espaço organizado para o evento na Praia Santa Rita de Cássia, com a presença do prefeito Generi Máximo Lippert e de autoridades. Atualmente 77 famílias se dedicam a produção de abacaxi no município, que nesta safra, deve chegar a 1.860.000 frutos. O evento encerra-se no domingo (05/02) e é promovido pela Prefeitura, com apoio da Emater/RS-Ascar. “Ao observar o mapa da fruticultura no estado, observa-se um avanço considerável na área plantada, e um dos municípios que amplia esse espaço é Terra de Areia, devido à característica de seu clima e solo, mas também do trabalho persistente e contínuo dos fruticultores”,elogia o presidente da Emater/RS, Caio Rocha. O fruto dessa atuação também é decorrência da atividade desenvolvida pela Emater/RS-Ascar, que, segundo ele, volta-se cada vez mais a conferir aos agricultores familiares alternativas de diversificação, colocando a fruticultura como uma das prioridades a partir do Profruta/RS. Durante a gestão 2003/2005, o Governo do Estado autorizou a elaboração de 2.034 projetos que beneficiaram 2.615 produtores em 3.066 hectares de pomares. “O resultado demonstra a grande dedicação que essa administração também para com os fruticultores”, complementa Caio Rocha. Na programação da festa destacam-se exposições, feiras, shows, campeonatos de vôlei e futebol e o encontro de prefeitos, secretários de Turismo e vereadores da Amlinorte e Ascal. Durante o evento os agricultores estarão demonstrado os produtos agrícolas regionais, como a farinha de mandioca e açúcar mascavo, o cultivo de abacaxi, as plantas ornamentais e a produção de uvas. Haverá também um espaço para a divulgação do trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar no município junto aos agricultores, quilombolas e pescadores artesanais. O público esperado é de 20 mil pessoas. Produção de abacaxi Em terra de Areia a produção do abacaxi é desenvolvida desde a década de 50, principalmente nas áreas arenosas, onde esta cultura se adequou às condições do solo e clima, que associados a colheita próximo ao ponto de maturação, propiciam condições adequadas para produção de um fruto suculento, doce e de aroma forte, que caiu no gosto dos consumidores. Apesar do cultivo possuir características desejáveis e muito boa aceitação no mercado, possui ainda uma série de dificuldades de produção. Na perspectiva de superação destes problemas, o escritório da Emater/RS-Ascar no município vem ao longo dos anos e, principalmente, nestes dois últimos anos, realizando atividades com o objetivo de identificar claramente cada um destes entraves. “Por isso foi realizado durante as safras 2003/2004 e 2004/2005 uma série de coletas de dados a campo onde foi possível estimar com exatidão os entraves da produção”, afirma o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar, Volnei Leitzke. Segundo o agrônomo, a partir deste trabalho foram promovidas reuniões, em conjunto com a Secretaria da Agricultura e Conselho Municipal de Agricultura de Terra de Areia (COMATA), para divulgar os dados obtidos a campo junto aos agricultores, que legitimaram os dados coletados. Além destes encontros também foram realizados o 1º Seminário sobre o Cultivo do Abacaxi, em 19 de agosto de 2005 e a instalação de uma Unidade Experimental Participativa (UEP), com a intenção de aproximar os produtores pela troca de experiência e buscar soluções locais para a qualificação e o desenvolvimento da cultura. A UEP foi instalada na propriedade do agricultor Agedy Espíndula de Quadros, que possui diferentes tipos e formas de manejo do solo e de adubação com aplicação de calcário, seleção de mudas e tratamento delas, aplicação de diferentes formas de adubação orgânica e química, além do cultivo de 15 variedades de plantas de cobertura do solo de verão. A evolução deste processo é acompanhada pelos agricultores e deverá durar, no mínimo dois anos, que é o período do cultivo. Volnei ressalta ainda que a Emater/RS-Ascar está trabalhando com os agricultores para a organização da comercialização e a melhoria da qualidade das mudas.
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