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Trigo está com bom desenvolvimento vegetativo

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Em algumas áreas, como no Alto Uruguai e região Central, o plantio do trigo foi retomado nos últimos dias, depois de paralisadas por duas semanas. Estima-se que estejam semeados entre 81 e 86%, com as lavouras apresentando bom desenvolvimento vegetativo, livres de pragas e doenças. As baixas temperaturas concorrem favoravelmente para esta situação. Nas regiões Noroeste e Noroeste Colonial, a semeadura chega a 95% e 81%, respectivamente, e inclusive já terminaram em alguns municípios. A semeadura da cevada foi retomada depois de alguns dias paralisada em face das chuvas. Os trabalhos estão atrasados, mas superam os 60% no Alto Uruguai, os 70% no Planalto e foram encerrados no Noroeste Colonial. Nas áreas semeadas, a germinação e o desenvolvimento vegetativo é normal, com os produtores realizando tratos culturais, como adubação de cobertura com nitrogênio. A primeira intenção de plantio do IBGE (maio/2002) aponta para uma área de 95.613 hectares, um aumento de 0,79% em relação ao ano passado. Os hortigranjeiros também sofrem as conseqüências das chuvas. Na Zona Sul, as espécies mais prejudicadas foram o brócolis, couve e alface. Em Santa Cruz do Sul, houve uma quebra de aproximadamente 20% na produção. Nos vales do Taquari e Caí, estas condições causaram crestamento nas olerícolas, especialmente nas folhas, prejudicando a qualidade e desvalorizando o produto na sua apresentação. Nas estufas e túneis baixos, as culturas ainda não tiveram grandes problemas. No Planalto, também houve prejuízos nas culturas desprotegidas, especialmente nas folhosas. No caso da batata, a Zona Sul está colhendo a segunda safra. Há perdas em função do excesso de umidade no solo. Na Serra, foram colhidos 65% da área e comercializados 15%, com produto de boa qualidade e produtividade perto de 12 toneladas por hectare. O preço médio teve variação muito grande, caindo de R$ 40,00, no início da colheita, para R$ 20,00 o saco de 50 quilos - preço também verificado na Zona Sul e Vale do Paranhana/Encosta da Serra. Nesse último, no município de Santa Maria do Herval, 250 hectares estão plantados na safrinha, com perdas aproximadas de 17%, pelas condições climáticas. Espera-se que para a safra à frente, sejam plantados 600 hectares de batata. Com a melhoria das condições climáticas na semana, houve possibilidade da retomada da colheita dos citros no Vale do Caí. As baixas temperaturas beneficiaram os pomares, trazendo uma coloração mais intensa aos frutos, o que favorece a comercialização, e reduzindo a incidência das moscas-das-frutas. As variedades que estão sendo colhidas e comercialização são, entre as laranjas, a céu gaúcha e umbigo bahia e, em menor intensidade, a valência e umbigo monte parnaso. Entre as bergamotas, a caí e ponkan e, em menor volume, a dancy, estão em colheita e comercialização. A venda do arroz, do milho e da soja prossegue lenta. Os agricultores aguardando novas elevações nos preços, negociando apenas o necessário para saldar compromissos mais imediatos e para a manutenção familiar. No caso do arroz, os preços ao produtor seguem com trajetória semanal de alta (R$ 17,13/saco). Já a soja, no Alto Uruguai, foram comercializados 40% da produção, no Noroeste, 58%, e no Planalto, 65%. Os preços recebidos estão em R$ 27,68/saco, na média do Estado. A soja oriunda de lavouras em transição visando a produção para soja orgânica está cotada em US$ 13,50/saco na região de Passo Fundo, enquanto que aquela oriunda de propriedades que cultivam soja orgânica, em US$ 15,00. A lavoura do milho ainda tem 8% para serem colhidos. A umidade excessiva do solo atrapalha os trabalhos. Criações O campo nativo começa a ser bastante afetado pelas condições climáticas. A expressiva queda da temperatura praticamente paralisou o crescimento dos campos e as geadas crestaram os pastos, reduzindo a disponibilidade e a qualidade de alimento para os rebanhos. As pastagens de verão como o tifton ainda apresentavam algum suporte devido ao outono ameno, mas começaram a secar rapidamente. As anuais de inverno plantadas mais no cedo como a aveia e o azevém apresentam bom desenvolvimento, mas seu crescimento vinha sendo lento devido ao excesso de umidade do solo e a falta de luminosidade. O excesso de umidade do solo continua limitando a utilização das pastagens anuais de inverno pelo gado leiteiro. A situação resulta em diminuição da produção e na maior utilização de silagem e ração. A condição corporal do gado de corte é boa, porque nas principais regiões criatórias os animais entraram no inverno em excelentes condições.Mas as chuvas, a expressiva queda da temperatura, os ventos frios e as geadas, estão acelerando a perda de peso. Os preços do boi gordo continuam apresentando leve reação provocada pela diminuição da oferta.
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