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Governo do Estado cria plano para qualificação e desenvolvimento do setor de florestas plantadas

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O objetivo do Qualisilvi-RS é traçar um panorama do setor de base florestal no Estado, suas potencialidades e seus gargalos
O objetivo do Qualisilvi-RS é traçar um panorama do setor de base florestal no Estado, suas potencialidades e seus gargalos - Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

O governo do Estado anunciou, nesta quarta (12/4), a criação do Plano Estadual para Qualificação e Desenvolvimento do Setor de Florestas Plantadas no Estado do Rio Grande do Sul (Qualisilvi-RS), com o objetivo de traçar um panorama sobre o setor de base florestal no Estado, suas potencialidades e gargalos. O anúncio foi feito durante a instalação da Frente Parlamentar da Silvicultura na Assembleia Legislativa. 

O Qualisilvi-RS, que será coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), será instruído por meio de decreto a ser assinado nos próximos dias pelo governador Eduardo Leite. O plano deverá ser revisado com periodicidade mínima de 10 anos, podendo ser alterado ou modificado a qualquer tempo. Estiveram presentes no ato o titular da Seapi, Giovani Feltes, e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. 

No Rio Grande do Sul, quatro espécies se destacam pelo tamanho de suas áreas de produção: o eucalipto, com cerca de 700 mil hectares; o pinus, com aproximadamente 300 mil hectares; a acácia-negra, com quase 80 mil hectares; e a erva-mate, espécie florestal nativa e não madeireira, com cerca de 28 mil hectares.

“A Seapi reconhece a importância estratégica da base florestal como atividade agrícola sustentável. Essa qualificação e a criação de parâmetros para o desenvolvimento do setor é essencial para o incremento das florestas plantadas, atividade econômica imprescindível para o Rio Grande do Sul”, disse Feltes. A Seapi é a instituição responsável pela Política Estadual das Florestas Plantadas e pela operação do cadastro florestal no Estado.

Lemos destacou que o conhecimento agregado e as mudanças nas legislações ambientais permitem que o governo seja mais assertivo nas discussões. "O Qualisilvi-RS dá encaminhamento para o futuro da silvicultura no Estado. Sabemos da sua importância para o ambiente e para as mudanças climáticas, mas também para ampliar a participação na economia e desenvolver novos negócios com tecnologia", ressaltou.

Para o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, o Qualisilvi-RS surge como um instrumento de modernização da base florestal do Rio Grande do Sul e atende às demandas do setor e dos produtores florestais, além de proporcionar benefícios à cadeia produtiva e ao Estado como um todo.

Qualisilvi-RS

O decreto para criação do Qualisilvi-RS foi construído a partir da Câmara Setorial das Florestas Plantadas, com a participação das instituições que compõem o grupo: Universidade Federal de Santa Maria, Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural, Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar) e Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimadeira RS).

Entre os objetivos do Qualisilvi-RS estão:

  • Fortalecer as instituições governamentais e incluir o setor florestal nos programas do governo estadual;
  • Estabelecer e manter o Sistema Estadual de Informações Florestais;
  • Qualificar e incentivar os produtores florestais;
  • Incentivar a atração de investimentos de base florestal;
  • Fomentar a adequação e a criação de condições de crédito oferecidas no sistema bancário do Rio Grande do Sul para cultivos de ciclo longo, seus sistemas produtivos e manejos;
  • Promover a pesquisa e o desenvolvimento voltado às florestas plantadas, seus produtos e subprodutos;
  • Expandir a área plantada no território estadual;
  • Promover a educação florestal, divulgação e promoção do setor florestal gaúcho.

Texto: Ascom/Seapi
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

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