Governo do Estado destaca principais sintomas, como se prevenir e o que fazer em caso de intoxicação por metanol
Comitê Intersecretarial criado pelo governador busca garantir agilidade e efetividade na resposta a casos suspeitos
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Diante do aumento do número de casos de intoxicação por metanol relacionados a bebidas adulteradas no país, o governo do Estado reforçou orientações para prevenir, proteger e atender à população, com medidas preventivas, principais sintomas, sinais que podem identificar fraude e o que fazer em eventual caso de intoxicação. Na manhã desta quarta-feira (8/10) a Secretaria da Saúde (SES) confirmou o primeiro caso de intoxicação por metanol no Estado após consumo de bebida alcoólica. O paciente é um homem de 42 anos, residente em Porto Alegre, que relatou ter consumido o destilado em São Paulo (SP) no dia 26 de setembro. Após atendimento médico inicial, ele já foi liberado. Outros três casos suspeitos estão em investigação.
O Comitê Intersecretarial, criado pelo governador Eduardo Leite para acompanhar as ações de monitoramento e investigação de possíveis casos no Estado, também publicou nesta quarta-feira (8) nota informativa com orientações técnicas a instituições e municípios sobre ações e procedimentos. O grupo envolve as secretarias da Saúde (SES), da Segurança Pública (SSP) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As pastas atuam em conjunto para garantir agilidade e efetividade na resposta a casos suspeitos, articulando diferentes áreas do governo estadual.
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Principais sintomas (podem surgir entre 12 e 24 horas após ingestão):
- dor abdominal;
- visão alterada;
- confusão mental;
- e náusea.
- a manutenção dos sintomas de embriaguez de 6 a 72h após o início dos sintomas caracteriza suspeita de intoxicação por metanol
Esses sinais podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Por isso, ao identificá-los, a pessoa deve procurar imediatamente atendimento médico em uma unidade de emergência.
Na chegada ao serviço de saúde, é essencial informar:
- que houve consumo de bebida alcoólica;
- o contexto (por exemplo, festa, bar, evento);
- o tipo de bebida ingerida;
- a presença ou não de rótulo na embalagem;
- o horário aproximado da ingestão.
Essas informações ajudam na investigação, no diagnóstico e no tratamento adequados.
O que fazer em casos de suspeita de intoxicação
A Secretaria Estadual da Saúde reforça a importância da atenção dos profissionais de saúde para sintomas compatíveis com intoxicação por metanol e destaca que a notificação rápida é essencial para a adoção de medidas de controle e prevenção. O primeiro passo recomendado é o contato com o Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul, disponível pelo telefone 0800-721-3000, com atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana.
O CIT poderá alinhar se o caso se enquadra como suspeito e oferecer orientação especializada ao profissional de saúde, além de apoio para o atendimento clínico imediato. O metanol é uma substância tóxica usada em solventes e produtos químicos, podendo causar danos graves ao fígado, cérebro e nervo óptico – com risco de cegueira, coma e até morte.
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Como saber se você está comprando um produto genuíno
- Tampa e lacre: evite produtos com lacre rompido, amassado ou sem selo de controle (IPI).
- Líquido: desconfie de bebidas com cor estranha, resíduos ou nível de enchimento irregular.
- Rótulo: cuidado com erros de grafia, impressão de baixa qualidade, desalinhamento ou ausência de informações em português.
- Preço: se estiver muito abaixo do praticado, suspeite.
- Local de compra: prefira estabelecimentos regulares e exija sempre a nota fiscal.
Descarte correto de embalagens
O descarte correto ajuda a combater o mercado ilegal. Uma dica é separar a tampa (plástico/metal) e descartar os dois separadamente, além de rasgar ou remover o rótulo. As garrafas podem ser destinadas para pontos de coleta e locais de reciclagem autorizados.
Texto: Ascom SES e Secom
Edição: Secom