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Governo Leite entrega licença ambiental para nova fábrica de fertilizantes a partir de hidrogênio verde no município de Tio Hugo

Este é o segundo empreendimento da empresa licenciado para produção a partir de fontes de energia renovável.

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A foto mostra um grupo de onze pessoas posando para a câmera em uma sala de reuniões. No centro, um homem de terno e uma mulher de blazer vermelho estão segurando um documento. A mesa é grande e branca, e ao fundo há um painel com a inscrição "Rio Grande do Sul" e os logos do governo do Estado.
Unidade será instalada no Distrito Industrial de Tio Hugo e será voltada à fabricação de fertilizantes nitrogenados - Foto: Igor de Almeida/Sema

Tio Hugo tem governo do Estado. Foi entregue nesta terça-feira (11/8), a Licença Prévia para a empresa Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis. O documento foi emitido pelo governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), vinculada à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), e autoriza a implantação de uma fábrica de fertilizantes no município de Tio Hugo, no norte do Rio Grande do Sul. O investimento estimado é de R$ 80 milhões.

O ato contou com a participação da secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann; do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo; do secretário-adjunto da Sema, Marcelo Camardelli; do diretor técnico da Fepam, Gabriel Ritter; da gerente de negócios da Invest RS, Lucila Pellegrini; dos representantes da empresa, Luiz Paulo Hauth, Afonso Carlos Brum e Augusto Suzuki; e da prefeita de Tio Hugo, Valduze Back Vollmer.

A fábrica

O empreendimento será instalado no Distrito Industrial da cidade e ocupará uma área total de 14.313 m². A unidade será voltada à fabricação de fertilizantes nitrogenados, com capacidade produtiva mensal de até 363,6 toneladas de amônia e 450 toneladas de hidróxido de amônio.

A secretária Marjorie Kauffmann ressaltou que a entrega representa uma conexão direta entre a pauta da transição energética, da adaptação às mudanças climáticas e os planos estratégicos do Estado, como o Plano de Desenvolvimento Econômico e o Plano Rio Grande.

“Temos trabalhado com políticas públicas voltadas para potencializar e iniciar a cadeia de hidrogênio verde no Estado, priorizando não apenas a produção, mas também o abastecimento do mercado interno. Essa iniciativa demonstra que o Rio Grande do Sul tem condições de produzir e consumir hidrogênio verde em todas as regiões, e isso é fundamental para o desenvolvimento sustentável. Essa é a segunda licença que concretiza essa política como um todo, e elas têm uma conexão direta com outros projetos do ponto de vista da redução das emissões e descarbonização, principalmente das cadeias produtivas agropecuárias”, resumiu a secretária.

Processamento do hidrogênio

O processo produtivo da planta inclui etapas como desmineralização e eletrólise da água, geração de nitrogênio e síntese de amônia, priorizando eficiência energética e sustentabilidade. A fábrica contará com equipamentos de alta tecnologia, como reatores, eletrolisadores e tanques de grande capacidade, além de sistemas de controle ambiental voltados à gestão de efluentes, emissões atmosféricas e infiltração de águas pluviais.

Licenciamento

A Licença Prévia emitida pela Fepam é válida até agosto de 2030, e estabelece uma série de condicionantes ambientais voltadas à preservação da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica e ao uso responsável dos recursos naturais. Como próximo passo, a empresa deverá começar o processo para o pedido da Licença de Instalação.

“Conforme já contextualizado pela secretária Marjorie, o avanço da agenda de transição energética e do enfrentamento às mudanças climáticas são pautas prioritárias do Governo Eduardo Leite, alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, e que estão sendo efetivadas com resultados concretos. Tivemos diversas reuniões e articulações ao longo desse processo, e é gratificante ver esse projeto se materializando. Parabenizo os empreendedores pela persistência e trabalho, e reforço que há uma perfeita sinergia entre as secretarias e o governo para que iniciativas como essa aconteçam”, ressaltou o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Descentralização da produção

Um dos empreendedores responsáveis pela Begreen, Luiz Paulo Hauth, ressaltou que o projeto de hidrogênio verde ganhou força com diferentes apoiadores, entre eles, o município de Tio Hugo, local descrito pelo empresário como estratégico, com disponibilidade de água e energia, recursos essenciais para o processo. Hauth também defendeu a descentralização da produção de H2V no Estado e celebrou a entrada de investidores japoneses como sócios. Por fim, agradeceu à Sema e à Fepam pelo trabalho técnico no processo de licenciamento.

Descarbonização

A empresa é uma das habilitadas a receber recursos do governo estadual no âmbito do Edital de Chamada Pública do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde no Rio Grande do Sul, que integra as estratégias de descarbonização do governo gaúcho liderada pelo governador Eduardo Leite.


O objetivo é impulsionar a cadeia produtiva do hidrogênio verde no Rio Grande do Sul, viabilizando a produção, transmissão, armazenagem e uso desse combustível sustentável, tanto para o consumo interno quanto para mercados externos. A iniciativa também busca contribuir com a transição para uma economia de baixo carbono, posicionando o Estado como referência nacional no setor. 


Hidrogênio verde em Passo Fundo

Este é o segundo empreendimento da Begreen licenciado com produção a partir de Hidrogênio Verde que, segundo o presidente da Fepam, Renato Chagas, é uma tecnologia promissora para um futuro mais sustentável, com potencial para reduzir as emissões de carbono e impulsionar a transição energética global.

 Em junho de 2025, a Fepam entregou a Licença Prévia à Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis Ltda, para a implantação de uma nova unidade industrial no município de Passo Fundo, região norte do Rio Grande do Sul, a primeira planta de H2V para produção de amônia verde no Estado.

 O hidrogênio verde (H2V) é o hidrogênio produzido através de fontes de energia renovável, como solar, eólica e hidrelétrica, por meio do processo de eletrólise da água. Este processo separa o hidrogênio do oxigênio e, quando a eletricidade utilizada é proveniente de fontes limpas, o hidrogênio resultante é considerado verde, com baixa ou nenhuma emissão de carbono. 

Texto: Cassiano Cavalheiro/Ascom Fepam
Edição: Anderson Machado/Secom

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