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Polícia Penal forma novos agentes em curso sobre intervenção prisional com o uso de cães

Ao todo, 15 servidores penitenciários concluíram a capacitação em Cinotecnia e Emprego Prisional

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A imagem mostra policiais penais fardados em movimento com cães de serviço. Eles estão ao ar livre embaixo de uma estrutura vazada.
Os cães de serviço atuam nos estabelecimentos prisionais por meio da detecção de narcóticos e de armas e munições - Foto: Arthur Plácido/Ascom SSPS

A Polícia Penal realizou, nesta quarta-feira (3/12), a cerimônia de formatura da segunda edição do Curso de Formação em Cinotecnia e Emprego Prisional (CFCEP), promovido pela Escola do Serviço Penitenciário (ESP). O evento, realizado na sede da 9ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), em Charqueadas, contou com a presença do secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, e da superintendente-adjunta da Polícia Penal, Deisy Vergara.

Pozzobom enfatizou a importância de fortalecer o trabalho realizado pelos agentes penitenciários. “A atuação com cães de serviço exige preparo técnico, sensibilidade, disciplina e compreensão profunda do comportamento animal. Por isso, investir na qualificação específica nessa área é investir diretamente na segurança, na eficiência operacional e na proteção de todos que atuam no ambiente prisional”, ressaltou.

Na ocasião, 15 servidores provenientes das dez regiões penitenciárias e de seis de outras instituiçõesde segurança pública concluíram a capacitação, realizada entre 3 de novembro e 3 de dezembro, na sede da 9ª DPR. Os alunos foram selecionados por meio de processo seletivo composto por prova teórica, avaliação de aptidão psicológica, teste de aptidão física (TAF) e entrevista conduzida pela coordenação do curso.

Deisy destacou que a formação dos policiais penais no manejo de cães de serviço constitui etapa importante para o fortalecimento da segurança e da eficiência nas operações. "Ao priorizar a capacitação profissional, a instituição promove a proteção de seu efetivo e proporciona um ambiente mais seguro e controlado no interior das unidades prisionais", afirmou.

Formação em Cinotecnia

A segunda edição do curso de cinotecnia, com carga horária superior a 240 horas-aula, abordou conteúdos como: aprendizagem e fisiologia; atendimento pré-hospitalar; adestramento; detecção; busca e captura; e técnicas de intervenção prisional com o uso de cães. Ao término da formação, os servidores estão aptos a atuar nos canis da Polícia Penal.

O treinamento, ministrado por cinotécnicos da Polícia Penal e por instrutores convidados de outras instituições, foi conduzido pelo coordenador do Grupo de Operações com Cães (GOC), Anderson Cardoso.

Desde a última edição do curso, em 2022, a capacitação passou a ser estruturada de acordo com a matriz curricular nacional para a educação em serviços penitenciários, consolidando a formação técnica na área de cinotecnia dentro do sistema prisional gaúcho.

O diretor da ESP, Felipe Schuster, explicou que a formação em cinotecnia é uma das mais complexas e técnicas da grade de cursos da escola, exigindo preparo físico, conhecimento especializado e alto nível de disciplina. “A conclusão dessa turma demonstra, mais uma vez, que a Polícia Penal está avançando de forma concreta, estruturada e profissional. Estamos qualificando nossos servidores em áreas estratégicas, ampliando a capacidade operacional e fortalecendo a atuação do sistema prisional”, concluiu.

Durante a cerimônia, foi realizado o descerramento de uma placa em referência ao Curso de Cinotecnia, que será afixada no canil da 9ª DPR. O evento contou ainda com uma homenagem ao servidor penitenciário, Hugo Gomes, e ao cão K9 Mohoc, que conquistaram o primeiro lugar geral no 8º Campeonato Sul-Americano de Cães de Trabalho, o que representou uma vitória inédita para a Polícia Penal.

Um grupo de oito pessoas está em pé em frente a uma placa comemorativa. Eles estão olhando para as inscrições e batendo palmas. Vários estão fardados com uniformes da Polícia Penal.
Durante a cerimônia, foi realizado o descerramento de uma placa em referência ao curso, que será afixada no canil da 9ª DPR - Foto: Arthur Plácido/Ascom SSPS

Integração e celebração

Os formandos do curso participaram, no sábado (29/11), da Corrida da Polícia Penal. Os servidores, acompanhados dos seus cães, fizeram a largada da corrida. A edição 2025 da prova contou com 722 corredores na orla do Guaíba, na capital gaúcha.

Cães de trabalho da Polícia Penal

Os canis regionais, coordenados pelo GOC, atuam nos estabelecimentos prisionais por meio da detecção de narcóticos e de armas e munições, além de operarem na busca e captura de foragidos. Os cães também realizam atividades na parte social, por meio de programas de terapia e interação comunitária, ajudando em escolas, lares de idosos e instituições para pessoas com deficiência.

Atualmente,aPolícia Penal conta com 200 cães nos canis regionais das 2ª, 7ª, 8ª e 9ª DPRs, além de canis setoriais da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e Presídio Estadual de Erechim. Alguns animais possuem certificação no trabalho de detecção de narcóticos pela Associação Sul-Americana de Cães de Trabalho (ASMCT), como os cães K9 Cassius e K9 Mohoc, integrantes do Canil Regional da 9ª DPR. Essa certificação oferece maior respaldo jurídico ao trabalho realizado pelos servidores penitenciários em conjunto com seus cães.

Em outubro deste ano, o canil da 9ª DPR recebeu mais uma premiação, o cão K9 Logan conquistou a titulação internacional de IGP-1 (Internationale Gebrauchshunde Prüfung), prova que avalia as habilidades de trabalho de um cão em três disciplinas principais: faro, obediência e proteção.

Texto: Lucille Soares/Ascom Polícia Penal
Edição: Secom

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