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Uso de câmeras corporais comprova efetividade do trabalho da Brigada Militar em Porto Alegre

Utilizada há um ano, estrutura digital de combate ao crime mostra redução de indicadores e garante respaldo às ações policiais

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Três policiais usam câmeras corporais. Eles usam máscaras e capacetes.
Os conflitos nas abordagens na capital tiveram queda de 74% após o início do uso das câmeras corporais - Foto: Divulgação Brigada Militar

O uso de câmeras corporais e o auxílio da estrutura digital formada pelo Centro Integrado de Operações e Emergência (Copom) completou um ano nas operações policiais no Rio Grande do Sul. Essas ferramentas permitem visualizar a efetividade das abordagens e reforçam confiança da sociedade no trabalho da Brigada Militar.

Os impactos positivos das ações de patrulhamento da Brigada Militar na capital são perceptíveis na melhora dos indicadores. Os números mostram que os conflitos tiveram queda de 74% após o início do uso das câmeras corporais. O resultado é composto por reduções nos registros de resistência (-87%), desacato (-70%) e desobediência (-65%). Outra consequência relevante é que os óbitos decorrentes de oposição à intervenção policial diminuíram 59%.

Foto mostra dois policiais militares, com câmera corporal. Eles estão com máscara preta e capacete, e estão empunhando armamento.
Mesmo com menos prisões por resistência ou desacato, corporação identificou que aumentaram as apreensões e os flagrantes - Foto: Divulgação Brigada Militar

Modelo de segurança e eficiência

O coronel Fábio da Silva Schmitt acredita que o modelo adotado na cidade tem evitado confrontos e mesmo assim tem sido eficiente. Mesmo com menos prisões por resistência ou desacato, a corporação identificou que aumentaram as apreensões de armas e drogas com flagrantes qualificados. “Porto Alegre hoje tem um modelo de segurança mais transparente, tecnológico e eficiente, que pode servir de referência para todo o Rio Grande do Sul”, afirmou.

Antes do uso das câmeras corporais, havia mais questionamentos quanto à atuação da Brigada, o que resultava em receios por parte de alguns policiais. Agora no governo Leite, a instituição tem investido em inteligência artificial e recursos de vigilância para ampliar a segurança pública no Estado.

Câmeras corporais, videomonitoramento inteligente, drones operacionais e testes de reconhecimento facial fazem parte desse processo. Além disso, o Copom, com tecnologia de georreferenciamento, cercamento eletrônico e integração em tempo real, qualificou milhares de atendimentos e agilizou o direcionamento das equipes. Drones também são usados em eventos e ações táticas, com transmissão ao vivo para o centro integrado.

Foto mostra sala de monitoramento do Centro Integrado de Operações. Ao fundo, há um telão com imagem de um mapa e de várias câmeras de monitoramento da cidade. Na sala tem vários agentes trabalhando em seus computadores. Num deles, ele também olha as câmeras.
No Centro Integrado de Operações, policiais monitoram imagens enviadas por câmeras de segurança e corporais - Foto: Matheus Martins/Brigada Militar

Vídeos ajudam a mostrar assertividade nas abordagens

Em Porto Alegre, são cerca de 2.700 câmeras integradas ao sistema do Copom, o que gera mais de quatro mil gravações por dia. Além disso, o cercamento eletrônico tem sido decisivo na recuperação de cerca de 60% dos veículos roubados na capital. Complementando esse sistema, desde o ano passado, somam-se mil câmeras corporais, com equipamento que grava áudio, vídeo e conta com GPS, garantindo transparência e respostas mais rápidas.

Os vídeos das câmeras corporais compartilhados pela corporação mostram exemplos de como o recurso serve de amparo ao trabalho dos policiais. Em uma das ações, a guarnição de patrulhamento tático motorizado atendeu a denúncia de disparos de armas de fogo em área conflagrada pelo tráfico de drogas. Ao chegar ao local, encontram um homem que foi abordado. Nas imagens, aparece que ele já estava baleado anteriormente em um confronto com uma organização criminosa rival. O vídeo registra a abordagem dos policiais, e o momento em que é encontrada uma pistola e drogas com o indivíduo. Também registram o chamado ao Samu e a chegada do socorro. Após o atendimento, o homem foi levado preso.

Em outra ação, as câmeras registraram uma perseguição a suspeitos, que fugiram quando perceberam a aproximação dos policiais. A ação resultou na prisão de três indivíduos. Cada um estava com uma pistola. 

Os equipamentos também ajudaram a registrar quando uma equipe atendeu a uma denúncia de um homem que estaria tentando assaltar pedestres com uma faca. Ao perceber a chegada dos policiais, ele tentou se esconder em uma lixeira e depois fugiu. Foi necessário uso de arma de incapacitação neuromuscular para imobilizá-lo.

Dois polícias, em plano americano e de frente, caminhando na rua. Eles estão sérios e uniformizados, usando coletes com as câmeras.
As mil câmeras corporais em uso pelos PMs da capital geram mais de 4 mil gravações por dia - Foto: Ascom BM

Respaldo nas provas

As câmeras corporais trouxeram benefícios diretos para os próprios policiais. O uso das imagens não só ajuda a garantir o registro e a veracidade da cronologia dos fatos, como também respaldam os policiais sobre a efetividade de suas ações, evitando possíveis questionamentos da abordagem.

O comandante do Comando de Policiamento da Capital, coronel Fábio da Silva Schmitt, consta que com o uso das imagens das câmeras corporais houve diminuição de procedimentos internos pela qualificação da documentação das ocorrências pelo uso dos vídeos, que não apenas qualificam provas, mas também proporcionam mais confiança para vítimas e mais eficiência para a Justiça. “O PM pode trabalhar com mais tranquilidade, profissionalismo e respaldo da prova audiovisual.”, complementa.

Câmeras corporais da Brigada Militar. Ao lado, uma maleta acolchoada com um item amarelo. Ao fundo, a logomarca da Brigada Militar.
Governo Leite tem investido em recursos de vigilância e inteligência artificial para ampliar as ações de segurança pública - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Texto: Ascom SSP
Edição: Anderson Machado/Secom

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